Premiar os melhores
alunos e seguir o caminho “da qualidade” são
os dois parâmetros fundamentais da mais recente
medida a implementar na UBI. Todos as licenciaturas a
funcionar na Universidade vão premiar o aluno com
a média de entrada mais alta e desde que esta seja
superior a 16 valores, com uma bolsa de igual valor à
propina anual.
Esta medida resulta “numa aposta na qualidade”,
explica Manuel Santos Silva, reitor da UBI. O mesmo recorda
que esta instituição tem sido a única,
a nível nacional, a registar crescimento de alunos,
nos dois últimos anos. Com este facto tornado mais
que visível, ou seja, “com a afirmação
da UBI no âmbito nacional”, é agora
tempo para “apostar na qualidade e trazer até
nós os melhores alunos deste País”.
O responsável máximo pela UBI lembra que
o lema da instituição tem sido a sua afirmação
“pela qualidade e pela diferença”,
daí que medidas como as que agora foram tomadas
“estejam pensadas para ir de encontro a esses objectivos”.
Este estímulo vai assim possibilitar que um aluno
possa conseguir a sua licenciatura, “sem grandes
esforços financeiros”. Isto porque a UBI
tem já implementado, desde há vários
anos, prémios anuais, monetários e de reconhecimento
académico, que conferem ajudas aos melhores alunos
de cada curso. Os estudantes que ingressam nas várias
licenciaturas com as melhores médias são
“por norma” aqueles que conseguem as bolsas
concedidas no final de cada ano lectivo e os prémios
atribuídos na conclusão da licenciatura.
Se esta linha se mantiver, os alunos que consigam obter
os melhores resultados desde o ingresso na UBI até
ao final do seu curso “não têm de fazer
esforços, a nível financeiro, para conseguirem
uma licenciatura”.
Outro dos pontos que Santos Silva destaca nesta nova medida
“é a capacidade de estímulo aos alunos”.
A UBI ganha assim mais uma razão “para merecer
preferência”, mas “confere aos seus
alunos, motivos para estudarem e trabalharem mais”,
tudo com o objectivo de se alcançar melhores resultados.
A medida vai estar em vigor já em Setembro próximo
quando a UBI receber os estudantes para o ano lectivo
2005/2006.
Este ano a propina vai subir para os 850 euros
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Propinas sobem
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Na reunião de Senado onde foi aprovada a atribuição
de bolsas de mérito para os novos alunos, foi também
decidido o valor das propinas para o próximo ano
lectivo. Os alunos vão ter de pagar um total de
850 euros, mais 50 que no ano transacto. Este acréscimo
“era inevitável”, nas palavras de Santos
Silva. Isto porque, a tutela tem vindo a reduzir a fatia
do Orçamento de Estado destinado ao Ensino Superior
e por conseguinte, à UBI.
Os responsáveis pela instituição
referem que “os níveis de qualidade e as
condições de ensino de que a UBI dispõem
actualmente só podem ser mantidos e melhorados
com este aumento da propina”. Neste aspecto, o reitor
lembra que está para breve a entrada em funcionamento
da nova Faculdade de Medicina, as residências universitárias
vão também albergar parte dos alunos deslocados
e “o apoio em várias áreas, nomeadamente,
na acção social, vai ser reforçado”.
Quem parece estar ao lado da Universidade, neste aumento,
é a Associação Académica da
Universidade da Beira Interior (AAUBI). Paulo Ferrinho,
presidente do Conselho Fiscal da associação
de estudantes e agora um dos membros dirigentes refere
que “este acréscimo no valor da propina era
quase obrigatório”. Daí que os representantes
da AAUBI e mais um aluno com assento no Senado tenham
votado favoravelmente no aumento da prestação
a pagar pelos estudantes. Ferrinho, ainda assim, lembra
que “deveria ser o Governo a estipular o valor das
propinas”, isto porque, “com este tipo de
política está a passar para as Universidades
a batata quente”. Este representante dos estudantes
explica o porquê das opções tomadas,
em comunicado enviado
à Comunicação Social.
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A Universidade implementou um apoio único
para as várias actividades |
Outra das novidades que resultou de mais uma reunião
do Senado foi a atribuição de um subsídio
anual, no valor de 75 mil euros, à AAUBI. A verba
vai ser dada pela UBI aos estudantes para que estes “desenvolvam
as suas actividades nas várias áreas culturais,
desportivas, lectivas e outras”. O dinheiro a ser
disponibilizado pela Universidade vai, desta forma, estar
afecto “a um plano de actividades bem organizado
e que tem de ser cumprido”, sublinha Ferrinho. A
medida proposta pelos estudantes há já alguns
anos encontra agora o apoio da instituição
e vem ajudar no equilíbrio das contas da academia.
Este subsídio visa “fixar uma dotação
fixa anual para proporcionar actividades de índole
desportiva, cultural, recreativa e científica”,
refere Paulo Ferrinho. O apoio agora dado pela UBI vai
assim substituir as ajudas que eram cedidas de forma avulsa
para várias actividades. Os responsáveis
pela AAUBI terão de apresentar nos órgãos
da Universidade, os planos de gestão e utilização
destes fundos.
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