Oito novos reforços estão
agora prontos para a próxima temporada
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Oito reforços
Covilhã apresenta
equipa
O plantel poderá
receber mais um jogador. A Assembleia-geral ficou marcada
pelas divergências entre Carlos Casteleiro e o presidente
do clube.
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NC / Urbi
et Orbi
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O Sporting da Covilhã
vai contar com oito reforços para a próxima
temporada. Os jogadores foram apresentados durante a última
Assembleia Geral (AG), realizada na passada semana, e segundo
o presidente do clube, José Mendes, o plantel “curto”
de 21 jogadores é “aquele que é possível”,
face às restrições orçamentais.
Mas sublinha que se tratam de pessoas que conhece bem e
em quem tem confiança para “lutar pela manutenção”
na II Liga.
Nos próximos dias existe ainda a possibilidade de
mais um elemento integrar o plantel, adianta o presidente,
sem especificar para que posição. O guarda-redes
Ferrão (ex-Marco), os defesas Marinho e Paulo Almeida
(ambos provenientes do Lusitânia dos Açores),
os médios Vladimir (ex-Sanjoanense) e Sérgio
Rebordão (ex-Benfica e Castelo Branco) e o avançado
Sanussi (ex-Penalva do Castelo) são as caras novas.
Juntam-se aos juvenis do clube André e Sérgio
Pinto, que vão integrar os trabalhos da equipa senior.
O restante plantel, que será orientado por João
Salcedas, é composto por Luís Miguel e Luciano,
este último passará também a treinar
os guarda-redes, Rui Morais, Piguita, Real, Banjai, Cláudio,
Cunha, Milton, Cordeiro, Luizinho, Tarantini e Pimenta.
Um conjunto que “assenta em figuras da terra”,
salienta José Mendes.
Uma dificuldade acrescida este ano é dar resposta
a todas as exigências da Liga. Por isso, apesar de
o orçamento que consta no Plano de Actividades para
esta época ultrapassar os 700 mil euros, “para
dar suporte ao que a Liga exige”, sublinha José
Mendes, o seu valor real ronda os 350 mil euros. Duas dessas
imposições são, por exemplo, um salário
mínimo pago ao treinador de 4 mil euros e que cada
jogador tenha por base um vencimento de cinco ordenados
mínimos nacionais. Valores que o clube, na prática,
se queixa de não poder suportar.
Na reunião magna decidiu-se ainda lançar a
Campanha Pró-Aquisição e Obras da Sede
Social. Uma iniciativa que visa sensibilizar os sócios
a contribuir, através de uma conta que foi aberta
no Montepio Geral. Outros assuntos abordados foram o perdão
de uma dívida por parte do antigo presidente do clube,
Dias Rocha, no valor 15 mil euros, falou-se na intenção
de criar na colectividade o Pelouro dos Sócios e
na criação do bilhete de Estudante e Claque,
que custa 2 euros e meio.
Divergências entre Casteleiro e a Direcção
Durante a reunião foi notório um clima de
tensão entre os presidentes da Direcção
e Conselho Fiscal (CF) e o presidente da AG, Carlos Casteleiro
que, sem dizer concretamente ao que se referia, deu a entender
que “há quem deseje sobrepor interesses pessoais
aos do clube” e disse que “de mediocridades
e de vaidades já estamos todos fartos”. Carlos
Casteleiro salientou ainda que “ocasiões para
fantasias e prática de heroísmos de marca
aparecem de quando em vez, enquanto os verdadeiros amigos
do clube aparecem continuamente”, palavras que já
tinha proferido aquando do aniversário do Sp Covilhã.
O responsável pelo CF, António Lopes, questionou
sobre o sentido dessas “insinuações”
reiteradas e pediu a Casteleiro para “esclarecer as
suas reservas mentais”, mas este acabou por não
lhe responder na reunião. Foi já no final,
em conversa com os jornalistas que Lopes, com José
Mendes sentado ao seu lado, acusou o presidente da AG de
ter prestado “um mau serviço ao clube”
por não ter divulgado aos sócios uma proposta
sua para a aquisição da sede.
O empresário conta que há três meses
propôs a Casteleiro que ele tratasse da negociação
da sede por “cem mil contos”, ficaria proprietário
do edifício e que ofereceria mais 50 mil contos.
Um valor que seria “uma base de trabalho para a construção
de uma nova sede, mais funcional”. A outra metade
do dinheiro seria angariada entre os sócios e covilhanenses.
E pediu que fosse o representante dos associados, Casteleiro,
a comunicar essa solução no final do campeonato
ou no jantar de aniversário, o que acabou por não
acontecer. E como acrescenta que ainda lhe foi dada uma
resposta “ofensiva”, anunciou apenas no mesmo
jantar a oferta de dez mil contos para a compra da sede
e outro tanto para o campeonato.
“Há aqui muita coisa que não presta”,
critica o presidente José Mendes. Este responsável
frisa que não gosta de trabalhar com mentiras e com
gente que não o olhe nos olhos e sublinhou que não
está agarrado ao cargo e não tem problemas
em entregar as chaves do clube, se assim o preferirem.
Carlos Casteleiro alega que nunca lhe foi apresentado “nada
de concreto”, recusa a existência de qualquer
cisão, garante que sempre apoiou a Direcção
e que existe “união”, apesar de poderem
surgir “críticas, o que é normal”.
O presidente da AG acrescentou que o ideal seria a sede
ser comprada com o apoio da autarquia e dos sócios,
mas que se António Lopes aparecer com uma “proposta
bem concretizada, a AG pronunciar-se-á sobre o assunto”. |
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