Veio o secretário-geral
do partido e juntaram-se uma mão cheia de camaradas
para dar apoio à candidatura de Jorge Fael à
Câmara da Covilhã. A apresentação
decorreu durante um jantar oferecido pelo PCP, na Escola
Preparatória Pêro da Covilhã.
Sociólogo, com 35 anos de idade, Jorge Fael tem
sido uma das principais aposta do PCP no distrito de Castelo
Branco. Encabeçou a lista pelo distrito nas últimas
eleições legislativas de Fevereiro passado,
com um desempenho “brilhante”, segundo Jerónimo
de Sousa, secretário-geral do PCP que se deslocou
propositadamente à Covilhã para “apoiar
o camarada”.
Num clima de confraternização, Fael apresentou-se
ao som de “Missão Impossível”.
Este tema musical chegou mesmo a servir para alguns gracejos
por parte da equipa que vai acompanhar Fael. Não
é uma missão impossível, mas “também
não é um combate fácil”, explica
Carlos Gil, candidato à Assembleia Municipal.
O discurso de Fael serviu para apontar armas ao actual
autarca. O sociólogo que agora vai encabeça
a lista comunista à autarquia covilhanense refere
que “a câmara tem levado a cabo uma política
financeira irresponsável” no parecer de Fael,
o actual autarca assemelha-se a “um pai tirano”.
Para o candidato comunista é necessário
“trabalhar de forma transparente pelo direito a
um trabalho digno, habitação em condições,
vida cultural e recreativa e muito mais”. Apostas
que contaram com o forte apoio da assistência. Mais
de centena e meia de militantes do PCP marcaram presença
na Pêro da Covilhã. Um facto que Luís
Silveira, mandatário da campanha e médico
no Centro Hospitalar da Cova da Beira fez questão
de ressalvar. No entender de Silveira “é
hoje, cada vez mais difícil ser-se comunista, partilhar
o individual pelo todo”.
Carlos Gil, candidato à Assembleia Municipal apresentou
alguns dos “episódios cómicos”
que se registam neste órgão e refere a necessidade
de imprimir outro vigor à assembleia. Gil lembra
que o lema da campanha é “um PCP que faz
falta à Covilhã”. Uma frase que foi
escolhida “por ser a realidade”. Este técnico
superior do Ministério da Educação
aponta o facto de “sem o PCP a Assembleia Municipal
seria um órgão amorfo”.
Jerónimo de Sousa ataca o Governo
O secretário-geral do PCP veio jantar à
Covilhã para dar um apoio a Jorge Fael. A demonstração
foi feita durante a sua intervenção, mas
quase passou despercebida. Pois o ponto central das atenções
foi o Governo socialista.
Jerónimo de Sousa lembra que “o Governo tem
vindo a acrescentar crise à crise”. No discurso
do líder comunista para um público bastante
entusiasmado referência ainda para o facto de “se
apertar sempre o cinto aos do costume”.
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