Apareceram
em 1994 com um fabuloso “Definitly Maybe”
e o mundo parou para escutar. No ano seguinte voltaram
à carga com “(What’s the Story) Morning
Glory?” e o mundo rendeu-se incondicionalmente.
Desde os tempos dos Beattles que uma banda inglesa não
reunia tanto consenso. E, desde essa altura, apenas
os irlandeses U2 tinham extravasado as fronteiras do
Reino Unido. Por isso, a aparição dos
Oasis foi encarada como uma segunda vaga da “Invasão
Britânica”… e logo com dois álbuns
magníficos. Quem não passou dois anos
a cantarolar “Shakermaker”, “Live
forever”, “Roll with it”, “Wonderwall”
ou “Don’t look back in anger”?
O problema foi que, depois de atingir o topo, a banda
entrou num processo de degeneração que
haveria de render três álbuns absolutamente
infelizes onde já poucos vestígios dos
anteriores se encontravam. “Heathen Chemestry”
(2002) soou mesmo como uma pedra a bater no fundo de
um poço.
Agora, ultrapassada uma década de nojo, a banda
de Manchester regressa revigorada com “Don’t
Believe the Truth”. Um disco que, ainda que não
esteja ao nível dos dois primeiros, é
o que mais se aproxima. As músicas voltam a ter
vida própria, e as melodias recuperam o carácter
épico que andava perdido desde “Morning
Glory”.
Musicalmente, não é um disco genial, mas
recoloca o colectivo no topo da lista das melhores bandas
rock da actualidade. Pelo menos, o Verão promete
ser bem mais animado.