António Manuel
Ferreira Azevedo Simão veio à UBI apresentar
uma tese de mestrado na área da Gestão,
toda ela baseada num programa informático. O autor
da tese apresentada, no passado dia 11, começa
a explicar o propósito de alguns programas de “Open
Source”, e depressa se chega à conclusão
que este tema tem muito a ver com o dinheiro e com as
aplicações deste.
O autor explica que um programa de “Open Source”
é aquele pelo qual o seu utilizador “não
necessita de pagar taxas, nem validações”.
Este tipo de ferramenta informática é desenvolvida
com a ajuda de todos os interessados, um deles, o autor
da tese, que esteve integrado na equipa de tradução
do “Open Office” para português. Um
programa semelhante ao Microsoft Word, mas de “fonte
aberta”, colocada à disposição
de quem a quiser utilizar.
Ao contrário do que se verifica com os programas
informáticos actuais, este tipo de software não
paga qualquer taxa de utilização ou de compra.
E foi neste ponto que António Simão introduziu
a Gestão.
Segundo este investigador, países como a Alemanha,
a França ou a Espanha introduziram este tipo de
software nas suas redes públicas, deixando de pagar
as licenças de programas informáticos “que
custam milhões”. Só no caso do Brasil,
“onde este software foi implementado na rede pública,
pouparam-se mais de 58 milhões de dólares”.
António Simão refere que este tipo de programas
“ainda não são muito utilizados, porque
também estão pouco divulgados”. Uma
situação que o autor da tese espera ver
alterada dentro em breve.
Este trabalho intitulado “O Papel do Software de
Código Aberto/Software Livre nas Organizações”
recebeu nota positiva de um júri constituído
por Luís António Nunes Lourenço,
professor associado da Universidade da Beira Interior,
Mário Marques Freire, professor associado da Universidade
da Beira Interior e Maria Joana Candeias Carvalho Barrulas,
investigadora do Instituto Nacional de Engenharia e Tecnologia
Industrial.
|