Os muitos jovens presentes
no XIII Encontro Nacional da Sociedade Portuguesa de Electroquímica,
que decorreu a par do VIII Encontro Ibérico de
Electroquímica, “são a prova mais
que evidente que esta ciência tem futuro”.
Quem o diz é Victor Lobo, presidente da Assembleia-geral
da Sociedade Portuguesa de Electroquímica (SPE).
Este foi um dos participantes mais destacados deste duplo
encontro que durante três dias transformou a UBI
no centro da química.
Com uma vasta lista de trabalhos e apresentações,
os objectivos gerais destas duas reuniões de trabalhos
passaram por definir alguns parâmetros de futuro
e também averiguar como está a investigação
e o desenvolvimento desta ciência. Também
aqui, “a UBI foi uma boa surpresa”, acrescenta
Lobo. Para além do muito trabalho que aqui é
desenvolvido, estes dois encontros são, “para
nós, responsáveis, uma lufada de ar fresco”.
Estiveram presentes “participantes jovens, a qualidade
das palestras apresentadas foi muito boa” e sobretudo
foram positivas, “as várias interligações
da electroquímica com diferentes áreas das
engenharias e de outras ciências”.
Um dos apontamentos que devem constar nos resultados destes
dias de trabalho “é a importância desta
ciência específica no desenvolvimento do
País”. As palavras de Victor Lobo estão
suportadas “nos muitos trabalhos apresentados”,
de diferentes áreas, “como a engenharia,
a industria automóvel ou até a de componentes
informáticos”, sublinha o responsável
pela SPE. O presidente da Assembleia-geral desta sociedade
refere ainda que “a Península Ibérica
está agora a ganhar uma importância acrescida
nesta área”. Uma vez que grande parte dos
investigadores e cientistas da América Latina “baseiam-se
nos estudos desenvolvidos nesta região da Europa”.
Daí que o encontro entre os investigadores e docentes
portugueses e espanhóis servisse “para estreitar
laços e também delinear trabalhos conjuntos”,
remata Lobo.
Neste momento, os responsáveis pedem um
maior investimento nos laboratórios
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Mais investimento em laboratórios
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A UBI recebe pela segunda vez este encontro de electroquímicos.
Na Covilhã, “a importância destas jornadas
está já afirmada”, começa por
explicar Isabel Ferra, docente no Departamento de Química
da UBI e também responsável máxima
pela organização do evento.
Um dos pontos que foi tido em linha de conta “tem
a ver a com a participação de especialistas
das várias áreas da electroquímica,
assim como alguns oradores internacionais”, adianta
a docente.
Esta participação pretende, acima de tudo,
“trazer até à Universidade e aos participantes
nestes trabalhos, uma nova visão das investigações
e das teorias que estão a surgir nesta área
científica”. Este tipo de trabalhos serve
“para além da troca de impressões,
para tomar conta de alguns avanços que estão
a ser feitos nos diferentes níveis da electroquímica”,
reforça Isabel Ferra.
Esta docente que está na UBI “desde o início
da instituição” traça um resultado
“bastante positivo” de todo o evento. A decorrer
no pólo 8, “mais ligado às engenharias”,
o encontro serviu também para mostrar o que está
a ser feito na UBI e na Península Ibérica,
mais em geral “através de cartazes e painéis
onde se mostraram algumas investigações
e trabalhos pioneiros”.
Todos estes trabalhos têm de ser executados em laboratórios
devidos. Daí que Isabel Ferra comece por dizer
que “a UBI começou do nada e desenvolveu
um departamento bastante bom”. Actualmente, “esta
área da Universidade está a precisar de
um investimento em renovação dos actuais
equipamentos e aquisição de novos”.
O desafio fica lançado pela docente que espera
que a curto prazo seja feito um “bom investimento
nos laboratórios”.
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