No caso daquela escola
de Castelo Branco, o curso de Engenharia Florestal não
vai ter vagas para ingresso no próximo ano lectivo,
porque a falta de procura deixou o curso abaixo das metas
estabelecidas pela tutela.
Para financiamento de cursos superiores públicos,
é exigido um ingresso mínimo de dez novos
alunos no último ano ou um mínimo de 30
a frequentar actualmente os três primeiros anos
curriculares. No entanto, José Monteiro alerta
que a medida pode acabar com os ingressos noutros cursos
ligados à floresta pelo País, "quando
esta é uma área chave para o território".
"Finalmente, nos últimos meses, têm
sido publicadas boas medidas legislativas para uma correcta
gestão dos recursos florestais. Mas não
faz sentido que sejam contrariadas pela suspensão
de vagas na formação", refere.
"Já actualmente, a ESA não consegue
responder às ofertas de emprego na área
florestal", disse, salientando que Portugal precisa
de mais técnicos florestais. "Suspender vagas
não vai resolver o problema da falta de profissionais
para trabalhar na floresta do nosso País. O que
faz falta são campanhas para mostrar aos jovens
que a floresta dá emprego e tem um grande potencial",
sublinha, ao reconhecer o problema da falta de procura.
Segundo José Monteiro, está a ser preparada
uma exposição ao secretário de Estado
das Florestas por forma a que as vagas nos curso ligados
à área florestal tenham um regime de excepção
no que respeita à atribuição de vagas
- "à semelhança do que acontece com
a Saúde".
Entretanto, face à falta de vagas para o curso
de Engenharia Florestal, a ESA está a preparar
o lançamento de três cursos, não financiados
pela tutela, e que deverão arrancar em Outubro.
Trata-se de uma pós-graduação (em
"Gestão da Qualidade e Ambiente em Empresas
Florestais") e dois cursos de especialização
("Planeamento e Ordenamento de Recursos Florestais"
e "Silvicultura Urbana"), estes dois últimos
abertos a profissionais no activo, sem qualificação
académica.
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