Nascimento refere que a "Câmara em Directo" está a ser pouco ética
Sessão de Câmara
Política pouco ética

O vereador socialista na oposição da Câmara da Covilhã acusa o presidente da autarquia de estar a fazer pré-campanha com acções pouco éticas. O visado não comenta.


Por Eduardo Alves


Miguel Nascimento, vereador socialista na oposição da Câmara da Covilhã acredita que as últimas “Câmara em Directo” promovidas um pouco por todo o concelho, não passam de “acções de pré-campanha, politicamente incorrectas”. Este representante político socorre-se do facto de “durante três anos, este tipo de actividades, que julgo serem benéficas, não se terem registado”, agora que as autárquicas estão à porta” há câmaras em directo quase todos os dias”.
Para o socialista a iniciativa de colocar a câmara junto das populações, “é francamente positiva, mas o que se trata aqui é de verificar que este tipo de actividades decorre agora, a poucos meses das eleições”. A acusação não mereceu grande resposta por parte do presidente da autarquia, Carlos Pinto, o qual se limitou a garantir que a iniciativa não é inédita “e que é para continuar em qualquer altura”.
Esta polémica resulta da última reunião do executivo autárquico, na passada sexta-feira, 1 de Julho. A reunião, de carácter privado, da Câmara da Covilhã acrescentou pouco de novo à vida autárquica.
Um dos pontos mais marcantes desta sessão passava pela atribuição do estatuto de utilidade pública à associação artística ASTA. Este ponto acabou por não ser votado porque, “não estava bem fundamentado”, avança o edil. Já Nascimento tem uma leitura um pouco diferente. O vereador da oposição refere que a ASTA “tem vindo a realizar um trabalho meritório e que se o processo não estava bem exemplificado foi por culpa de alguém que não da associação em causa”.
Outro dos pontos que mereceu alguns comentários foi o da nomeação dos directores das áreas protegidas. Estes cargos que anteriormente contavam com a opinião dos autarcas passaram, durante o Governo social-democrata, a nomeação exclusivamente política. O poder central é quem decide agora as pessoas a colocar nos comandos das áreas protegidas. Um aspecto com o qual a Câmara da Covilhã não concorda.