As duas horas e meia
de espera cansaram o público. Cerca de mil pessoas
aguardavam Carlos Pinto no Jardim do Lago. Obra emblemática
do actual presidente da Câmara da Covilhã
que agora apresenta a sua recandidatura ao lugar.
O espectáculo começou com o grupo “A
Lã e a Neve” a que se seguiu uma hora de
música popular. Desde as 21 horas que o público
esperava pela chegada do social-democrata. O tempo ia
passando com a música e com as imagens da Covilhã,
mas da presença de Pinto nem sinal.
Pelas 23h30 e depois da projecção de um
filme onde se passa em revista algumas obras realizadas
pelo actual executivo camarário, o social-democrata
dá um ar da sua graça. O palco é
tomado sozinho, sem nenhuma figura da equipa, a qual também
não foi apresentada. Do partido, também
não se registou a presença de nenhum nome
sonante. Carlos Pinto diz que não está para
defender o PSD, mas sim “a Covilhã”.
O discurso do autarca marcou a audiência. Isto porque,
nos 30 minutos em que proferiu algumas palavras, Pinto
não apresentou nenhuma medida de grande vulto para
os próximos quatro anos. Trabalho e competência
são as únicas promessas de Pinto. Continuar
as políticas de habitação social,
acessibilidades e educação são metas
a atingir.
Pinto registou um discurso de ataque ao Governo
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PS debaixo de fogo
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Grande parte do discurso do actual presidente da Câmara
da Covilhã foi para atacar o Partido Socialista.
No entender de Pinto, o cargo de Governador Civil de Castelo
Branco, “está caduco e devia ser extinguido,
de imediato”. Isto para falar na polémica
que envolveu as Unidades Locais de Saúde (ULS).
Pinto refere que a Covilhã deve tratar dos seus
próprios interesses e não se deve subjugar
a interesses alheios.
Outro dos recados foi para o Governo e para o “plano
tecnológico”. Na perspectiva de Pinto, “não
há justificação para que o primeiro-ministro
não encontre tempo para vir à inauguração
do Parkurbis”.
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