Altos e baixos da literatura
 
 
de Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian
 
António Tabucchi foi o propósito de toda uma semana de colóquios, estudos e trabalhos levada a cabo pelo ACARTE, Centro de Artes Modernas da Fundação Calouste Gulbenkian. Uma iniciativa que culminou com o lançamento de um livro bastante completo sobre os contributos desta personagem para o mundo das artes.
Apaixonado por Fernando Pessoa, Tabucchi via em Portugal “ao mesmo tempo, um problema e um mistério”, como refere Pedro Tamen, responsável pelo ACARTE, na nota de encerramento das jornadas.
São vários os textos e as dissertações que se podem encontrar nesta obra editada pela fundação. Quase como uma vida comprimida em meia dúzia de páginas, uma vida carregada de significados e de acções de mestria para a arte portuguesa, sobretudo, no campo literário.
De muitas passagens e vários estudos, há quem o aponte como o sucessor de Pessoa, pela sua quase decalcada “nostalgia” e também “indiscrição”. Numa nota final deste livro que se assume como o guia de todo o percurso de Tabucchi classifica-se o escritor como sendo “autor que re-desenha a geografia da alma: de uma sociedade, de uma cultura, de uma literatura em inquietante mudança”.