A vida dos covilhanenses vai estar retractada nesta peça

“Stracciatella” Quarta Parede apresenta peça inspirada em histórias de covilhanenses “Stracciatella” é nome da nova peça da Quarta Parede, que será apresentada ao público amanhã, quarta-feira, 29, no Teatro-Cine. Uma obra da autoria de Sílvia Pinto Ferreira. Liliana Machadinha NC / Urbi et Orbi

A produção é inspirada em histórias de covilhanenses, recolhidas pelas duas actrizes que a representarão. O objectivo passa por apresentar aos espectadores uma nova forma de fazer teatro baseada na estrutura de performance de instalação. A peça é da autoria de Sílvia Pinto Ferreira e Jeannine Trévidic, as duas actrizes que a levarão ao palco, e baseia-se em histórias de covilhanenses e da Covilhã. A recolha das informações decorreram, nomeadamente, num estágio que Sílvia Ferreira conseguiu num lar de idosos na Cidade Neve. Para além das histórias e das memórias, a peça pretende conciliá-las com imagens e sons, que serão transmitidos “como na televisão ou mesmo projectados”, segundo esclarece Sílvia Ferreira. A produção assenta numa “relação entre objectos da memória e histórias com o som”, sendo que o texto “também será diferente, assim como o grafismo e a cena”. “Stracciatella” foi o nome escolhido por “dar a sensação de amálgama e mistura de todos os sentidos”, conta. Também o argumento assenta no mesmo conceito, uma vez que “não há episódios, é uma mistura de histórias que vamos mostrando nas paisagens que construímos com elas”. O espectáculo dura cerca de 30 minutos e será apresentado em duas sessões seguidas, com capacidade para apenas quatro espectadores de cada vez. Devido à própria concessão do espaço físico que a produção exige, a peça não será apresentada no palco, mas na ala onde antigamente era a saída de emergência. Esta produção está incluída no projecto da IRIS (uma rede europeia que atribui uma especial atenção aos artistas emergentes), ao qual a Quarta Parede se uniu, que pretende ajudar artistas em início de carreira a lançarem-se no mundo do espectáculo. A apresentação da peça foi feita na nova sede do grupo, que será inaugurada apenas em Setembro. Para Rui Sena, presidente da Quarta Parede, a nova casa representa um apoio ao trabalho e uma ajuda para o crescimento da associação, visto que a anterior era partilhada com outro grupo artístico.