A inauguração
do parque de estacionamento subterrâneo, com capacidade
para 320 viaturas, e da nova Escola Profissional do Fundão
marcaram as comemorações dos 258 anos do
concelho, na passada semana. Um investimento que ronda
os cinco milhões de euros. Mas o dia foi também
de homenagem a seis individualidades que, segundo o presidente
da autarquia, Manuel Frexes, “contribuíram
para dignificar e afirmar o nome do Fundão”.
Com um custo na ordem dos dois milhões e 200 mil
euros e uma comparticipação de 50 por cento
do Programa Operacional da Região Centro, o silo-auto
ocupa uma área de oito mil metros quadrados, distribuídos
por 320 lugares, quatro para deficientes. A infra-estrutura
foi construída no espaço Facif e a segunda
fase da obra, a cobertura, que será um espaço
verde onde se vai realizar o mercado semanal, só
deve estar concluída depois do Verão.
O estacionamento, embora já tenha sido inaugurado,
não vai entrar para já em funcionamento.
Manuel Frexes explica que ainda estão a pensar
se concessionam ou não o espaço e acrescenta
que o acesso ao silo está dependente da outra obra
que decorre por cima. O edil diz que vão ponderar
se farão a entrada e a saída pelo mesmo
local, o que está pronto, ao lado da Biblioteca
Municipal, ou se esperam que acabem as obras na Praça
Municipal, para que a entrada se faça por um lado
e a saída por outro. Sem adiantar datas, Frexes
diz apenas que “em breve a obra estará ao
serviço da população”.
Espaço para Turismo continua reservado
As novas instalações da Escola Profissional,
junto ao Centro de Saúde, têm cinco pisos
e vão receber os 250 alunos e 34 professores ligados
aos quatro cursos ali ministrados: Serviços Comerciais,
Restauração, Construção Civil
e Mecânica de Gás, embora tenha capacidade
para dar resposta a 350 alunos. E segundo os responsáveis
o espaço provisório destinado à Escola
Superior de Turismo (EST), que este Governo não
ratificou, vai ficar reservado para o mesmo fim.
O momento foi também aproveitado pelo presidente
da Câmara do Fundão para reiterar as críticas
ao Governo. “Trata-se de uma decisão errada,
inaceitável, incompreensível, injusta e
altamente prejudicial para o País, para a região
e para o Fundão”, sublinha Manuel Frexes.
O autarca acrescenta que foi com indignação
e sentimento de revolta que soube que a EST não
ia ser aprovada, porque já tinha sido aprovada
pelo anterior Governo em Conselho de Ministros e as instalações
já estavam garantidas.
Frexes espera agora que a proposta feita pelo Politécnico
de Castelo Branco ao Ministério do Ensino Superior,
para que o curso fique afecto ao pólo de Idanha-a-Nova
e as aulas decorram no Fundão, tenha um parecer
positivo. Embora insista que não vai desistir de
tentar ver o Fundão com uma Escola Superior de
Turismo. Para discutir o assunto e entregar as cerca de
cinco mil assinaturas de um abaixo-assinado que defende
a criação do Ensino Superior no Fundão
o autarca reúne “no início de Julho”
com o ministro da tutela, Mariano Gago.
Nova escola profissional é a maior do País
O edifício onde a partir do próximo ano
lectivo vai passar a funcionar a Escola Profissional,
e se espera que em Setembro receba a primeira turma de
30 alunos da EST, custou cerca de três milhões
de euros. Desse montante 700 mil euros foram comparticipados
pelo programa comunitário PRODEP e o restante suportado
pela autarquia. Mas o executivo está a ver a que
outros programas se poderá candidatar para aumentar
os apoios, nomeadamente para os equipamentos.
Trata-se da maior escola profissional do País,
sublinha Manuel Frexes, e nos 13 anos que está
em funcionamento, na antiga Escola Industrial, já
formou 600 pessoas. O novo espaço tem cinco pisos
e uma área de quatro mil metros quadrados. Dispõe
de 12 salas, mais sete de apoio, várias oficinas,
um auditório, biblioteca, espaços de hotelaria
e no último piso uma espécie de hotel com
quartos para receber alunos que venham em intercâmbios
e também para os alunos do ramo poderem praticar.
De manhã, na Sessão Solene, a autarquia
distinguiu com a medalha de prata de mérito municipal
seis pessoas com ligação ao concelho. A
jovem pianista Catarina Fortunato, António Angeja,
presidente da Associação Desportiva do Fundão,
Santos Costa, director pedagógico da Escola Profissional
do Fundão, Candeias da Silva, historiador e Poças
das Neves, investigador e autor de livros sobre Castelo
novo e a Gardunha. A escritora Ester de Lemos, por se
encontrar internada no hospital, não compareceu.
Os funcionários camarários com 25 anos de
serviço foram também homenageados, tal como
dois bombeiros.
Do programa constou ainda a geminação do
Fundão com o município espanhol de Alcântara
e a entronização de novos confrades da Confraria
do Azeite da Cova da Beira, entre os quais Manuel Frexes,
Dias Rocha, presidente da Fundão Turismo, o deputado
e fadista Nuno da Câmara Pereira e o eurodeputado
popular Luís Queiró.
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