Para os promotores deste evento as várias temáticas em apreço apresentaram-se como uma mais-valia
I Jornadas de Psicologia
Pensar a mente

Foi o primeiro evento do género a ser realizado na UBI. Dois dias dedicados à Psicologia e a vários temas que englobam esta ciência. Os responsáveis fazem um balanço “francamente positivo” da iniciativa e esperam poder vir a realizar eventos semelhantes na Covilhã.


Por Eduardo Alves


A mente humana é um dos mais complexos enigmas que até hoje permanece indecifrável. Ainda assim, muito tem sido alcançado desde que os primeiros cientistas se interessaram pelo tema.
Uma das principais novidades apresentadas nas primeiras Jornadas de Psicologia que decorreram na passada semana na UBI prende-se com os múltiplos campos de acção desta área do saber. Para quem encarava esta ciência apenas como o estudo científico da mente, este evento veio abrir novas portas. Várias temáticas distribuídas por apresentações de nomes reconhecidos no meio foram expostas no anfiteatro das Sessões Solenes da UBI.
A Psicologia, segundo os responsáveis pela organização do evento “trata de tudo o que interfira com o ser humano, desde o seu pensamento, a sua percepção, emoção ou aprendizagem”. Daí que o estudo do homem em várias áreas tenha sido exposto neste encontro. Um dos avanços conseguidos na licenciatura em causa foi o de “incutir nos futuros profissionais, que a Psicologia analisa o comportamento do ser humano através das suas relações e interacções no seu ambiente físico e social”.



Saber o que vai dentro da “caixa negra”

As jornadas contaram com a participação de estudantes e docentes de várias Universidades portuguesas

São muitas as convicções que levam os amantes desta ciência a prosseguirem os seus estudos. A mente humana, “ainda que seja comum a todos os seres “é um objecto de estudo invulgar”. As jornadas que tiveram lugar na UBI “serviram para tentar compreender mais um pouco a caixa negra que todos nós carregamos”, começa por referir Ema Oliveira. Esta docente do Departamento de Psicologia e Educação é uma das principais impulsionadoras deste encontro.
Um dos pontos positivos alcançados “foi a adesão, quase massiva, dos alunos da licenciatura e também de estudantes e docentes vindos de Lisboa, Porto, Coimbra e outras localidades”, reitera a organizadora. Num esforço conjunto entre os vários responsáveis pelo curso, “estes dois dias serviram para que os alunos conseguissem ter contacto com várias investigações, áreas de estudo e teorias” que nem sempre estão contempladas nos currículos das licenciaturas.
Ema Oliveira acrescenta ainda o facto de desta ciência que tende a compreender o homem e tudo o que o rodeia “apresentar diversas formas de interpretação”. Daí a necessidade de confrontar os futuros profissionais da área com diversas teorias em voga na actualidade.
Para além da heterogeneidade de projectos e trabalhos apresentados durante o evento, “a capacidade de organizar uma iniciativa desta natureza e desta envergadura, vem trazer algum reconhecimento à licenciatura em psicologia da UBI”, adiantam os responsáveis pelas jornadas. Os mesmo que projectam já acontecimentos futuros de natureza semelhante. Com vista a divulgar “todo o trabalho que se está a desenvolver nesta área e a própria licenciatura”, refere Ema Oliveira. No próximo ano vão sair para o mercado de trabalho os primeiros licenciados em Psicologia na UBI e os responsáveis pelo curso mostram-se já muito confiantes nas capacidades dos alunos. “Quer pelos conhecimentos que têm demonstrado, quer pela preparação que lhes tem sido ministrada, concluem os responsáveis pelo curso.