O Governo determinou
a realização de um inquérito sobre
a falha de energia que deixou a cidade da Guarda sem electricidade
durante mais de 15 horas entre terça-feira, 31
de Maio, e quarta, 1 de Junho. Um comunicado do Ministério
da Economia revela que esse auto de averiguação
será realizado pelo Director Geral de Geologia
e Energia e pelo Director Regional de Economia da Região
Centro.
Por outro lado, numa reunião realizada na passada
semana, o secretário de Estado Adjunto da Indústria
e da Inovação pediu ao presidente da EDP
que desse "uma explicação cabal do
ocorrido à população da Guarda e
avaliasse, com carácter de urgência, os danos
eventualmente causado pelo incidente" na Guarda.
Segundo a EDP, a falha de energia na Guarda começou
pelas 22 horas de terça-feira com um curto-circuito
acompanhado de incêndio na subestação
da cidade. Devido aos gases libertados e ao trabalho dos
bombeiros para combater o fogo, parte da instalação,
incluindo um transformador de reserva, ficou temporariamente
inoperacional. Ainda segundo a EDP, foram mobilizados
todos os meios necessários para efectuar a recuperação
da instalação e reconfiguração
da rede eléctrica.
A partir das 23 horas de terça-feira o fornecimento
de energia eléctrica começou a ser progressivamente
reposto, com recurso a redes adjacentes. A situação,
porém, só ficou normalizada pelas 13 horas
e 45 de quarta-feira, 1, dado que teve que se proceder
à substituição da cablagem do sistema
de comando e controlo, que ficou totalmente destruída
pelo incêndio.
Entretanto, a Associação Comercial da Guarda
tem ao dispor dos comerciantes da cidade um gabinete de
aconselhamento jurídico para que os que se sintam
prejudicados pelo “apagão” possam pedir
uma indemnização à EDP. Ainda não
há uma contabilidade certa dos danos, mas admite-se
que muitos danos tenham sido causados na cidade, já
que houve estabelecimentos, como bares ou restaurantes,
que tiveram que encerrar mais cedo devido a esta falha
de energia.
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