Tal como João
Petrucci e Brito Rocha, no seu tempo, José Mendes
aproveitou a cerimónia de comemoração
do 82º aniversário do Sporting da Covilhã
para pedir mais ajuda. O presidente não repetiu
o discurso do “não subimos sem apoios”,
mas deixou bem claro que terá que haver uma maior
cumplicidade entre o clube e as instituições
da região, para que a equipa se possa afirmar num
patamar desportivo superior.
Dirigindo-se a uma plateia de quase duas centenas de associados
e dirigentes, o líder leonino reafirmou a necessidade
de ser desenvolvido “um trabalho de sensibilização
de todos os agentes desportivos, económicos e sociais
no sentido da indispensável ajuda ao Sporting”.
Só assim, defende, “a Covilhã poderá
cimentar a sua marca através do futebol num palco
que se deseja, num futuro próximo, de Superliga”.
Apesar das declarações demonstrarem ambição,
Mendes avisa que o clube continuará a trilhar o
“caminho do rigor e da transparência sem entrar
em loucuras”, a privilegiar a estabilidade financeira,
e a fazer uso de atletas da região. Uma atitude
directiva que, afirma, “deu bons resultados este
ano e despertou uma onda bairrista há muito adormecida.
Lopes entra com 10 por cento do valor da sede
José Lopes, presidente do Conselho Fiscal, afina
pelo mesmo diapasão e revela uma conversa anterior
com José Mendes em que este calculava ser necessário
cerca de um milhão de euros para ascender Superliga.
Lopes defende que deve ser este o objectivo a nortear
os órgãos sociais do clube nos próximos
anos. A Liga de Honra, explica, “é a única
divisão em que não se pode estar, porque
implica despesas idênticas às da Superliga
e receitas da II B”.
Outro apelo do presidente do Conselho Fiscal prende-se
com a compra da sede social. O clube está há
vários meses a lutar contra uma acção
de despejo e terá que reunir 500 mil euros para
comprar o edifício e evitar ser desalojado. Lopes
diz estar disponível para avançar com 10
por cento da verba e apela à Câmara, às
empresas da região, e aos covilhanenses em geral
para se unirem em torno deste objectivo.
Outra preocupação do dirigente é
o baixo número de sócios. O clube tem, neste
momento, cerca de três mil associados, mas os responsáveis
acreditam que podem chegar aos cinco mil de um passado
recente.
Câmara quer II Liga no Complexo Desportivo
Em representação da Câmara Municipal,
Joaquim Matias deixou, por seu lado, a promessa de levar
a aprovação, já na próxima
reunião do executivo, a verba a atribuir mensalmente
ao clube na próxima temporada. O vereador com o
pelouro do Desporto mostra-se satisfeito pela conquista
do campeonato da II B, “ainda por cima com muitos
jovens da cidade e da região”, e mais ainda
“pelo trabalho desenvolvido pela Direcção”.
Por isso, assegura, “o subsídio autárquico
para a próxima época vai ser definido o
mais rápido possível para que os responsáveis
do clube saibam com o que podem contar”.
Outro assunto levantado pelo vereador foi a utilização
do Complexo Desportivo da Covilhã nos jogos da
II Liga. O vereador defende que o clube devia utilizar
o recinto e afirma a disposição da autarquia
para fazer os ajustes necessários naquele espaço
de modo a satisfazer as condições da Liga
de Clubes, e da própria direcção
dos “Leões da Serra”.
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