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A Covilhã pretende agora alargar os seus laços a terras do continente africano

“Um possível namoro”. É a declaração feita por Alçada Rosa, presidente da Câmara Municipal da Covilhã, ao classificar as negociações dos protocolos de parceria, entre a autarquia covilhanense e o município de Bissau, da Guiné-Bissau. Foi no âmbito da cooperação entre os concelhos, que a comitiva da cidade africana visitou, na passada semana, diversas infra-estruturas do concelho, ligadas, nomeadamente, ao ambiente.
Foi com o intuito de estabelecer parcerias em diversas áreas, nomeadamente um possível protocolo de geminação, que a comitiva viajou até à “Cidade Neve”. Os acordos inserem-se no projecto criado pela União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), que visa a cooperação entre municípios. Apesar das dimensões de ambas as cidades serem diferentes, os presidentes das câmaras da Covilhã e Bissau salientaram a importância da troca de experiências. Segundo Alçada Rosa, “há a obrigação moral de todos os municípios em ajudar os países de expressão portuguesa”. E defende que apesar do concelho covilhanense “não ser abastado, a Covilhã é desenvolvida e, por isso, pode ajudar”. Já José Mário Vaz, autarca de Bissau, assume que a sua cidade “pode ganhar muito com a experiência de municípios como a Covilhã”. E revela que um dos problemas “mais preocupantes em Bissau” refere-se aos resíduos sólidos e ao devido tratamento. Em seguida, explica que a cidade africana “pode ganhar muito com a geminação”, ao frisar o desejo de que ambas as cidades se “tornassem irmãs”.
Para partilhar experiências a comitiva africana visitou diversas infra-estruturas como o Ecocentro, o Jardim do Lago e o canil municipal, que o presidente covilhanense justificou como “uma estrutura importante do ponto de vista da saúde pública”. Segundo o programa, estavam ainda agendadas as visitas aos parques industriais do Canhoso e Tortosendo, ao Complexo Desportivo e à Universidade da Beira Interior, deslocações que estavam “dependentes do tempo disponível” de ambas as comitivas, esclareceu Alçada Rosa. “Sentimo-nos solidários e assumimos a responsabilidade em ajudar estas novas nações, pois temos consciência que somos mais desenvolvidos e podemos ajudar”, garante ainda. No âmbito de cooperação entre ambas as cidades, a Câmara Municipal da Covilhã deverá enviar uma comitiva a Bissau, para retribuir a visita, mas a data ainda está por fixar.