João Manuel Alves
NC / Urbi et Orbi


O fraco peso do distrito nas contas nacionais leva a que este seja também esquecido

Paulo Teixeira Pinto, presidente do conselho de administração, relativamente aos dados e à situação económica no distrito de Castelo Branco, diz que esta contribui apenas com 1,5 por cento para o Produto Interno Bruto. No que toca a esta iniciativa na cidade albicastrense, Paulo Teixeira Pinto considera "ser esta uma forma do BCP se aproximar dos seus clientes, mostrando a nossa disponibilidade, e ouvir aquilo que as pessoas esperam do Banco".
Presente no distrito de Castelo Branco desde 1953, o Millennium BCP dispõe
de uma das maiores redes de sucursais bancárias na região. As 14 sucursais servem 39 mil clientes, que detêm mais de 400 milhões de euros de recursos e são responsáveis por 245 milhões de euros de crédito. No que respeita ao perfil dos clientes tipo do Banco, os particulares representam 87,7 por cento do total de clientes Millennium BCP residentes no distrito, sendo responsáveis por quase 80 por cento dos depósitos, uma percentagem superior à média nacional. Os empresários em nome individual representam 8,2 por cento dos clientes e 14 por cento dos recursos, enquanto as empresas equivalem a 4,1 por cento dos clientes na região e asseguram 6 por cento dos depósitos. No total, o distrito de Castelo Branco representa cerca de 1,4 por cento da base de clientes do Millennium BCP, 1,1 por cento do património financeiro e 0,8 por cento do crédito concedido. A actividade financeira do distrito totaliza perto de dois milhões de euros de depósitos e cerca de mil setecentos milhões de euros de crédito. O crescimento de crédito no distrito é superior à média nacional, registando ainda uma proporção bastante inferior à sua importância relativa em termos de população e rendimento. Já os índices de sucursais por habitante reflectem níveis de cobertura bancária superiores à média.
A população residente no distrito de Castelo Branco representa hoje perto de dois por cento da população portuguesa, tendo registado uma diminuição em cerca de 11,2 por cento nas duas últimas décadas.
Este distrito apresenta um dos menores PIB per capita da Região Centro, sendo inferior à média nacional. De salientar, igualmente, as disparidades acentuadas em termos de poder de compra entre os diversos concelhos. Os concelhos de Castelo Branco, Covilhã e Fundão apresentam uma elevada concentração demográfica e económica, representando cerca de 70 por cento da população residente, do emprego por conta de outrem e das empresas sediadas no distrito. A indústria transformadora, nomeadamente as indústrias de lanifícios, celulose e madeira, tem um peso significativo no distrito, representando cerca de 50 por cento do emprego por conta de outrem.
Em Castelo Branco, a história do Banco remonta a meados do século XX com a implantação do SottoMayor no Fundão em 1953.