O edifício apresenta falhas graves em várias zonas da sua estrutura
Condições “sub-humanas”
Na casa de Saúde Mental da Covilhã

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) alertou na passada semana para as "condições sub- humanas" a que estão sujeitos "doentes e profissionais" nas velhas instalações do Departamento de Saúde Mental do Hospital da Covilhã.


NC / Urbi et Orbi


Em comunicado, a delegação de Castelo Branco do SEP questiona o futuro do serviço no Centro de Saúde Mental da Covilhã. Em causa, segundo refere, está a necessidade de "uma intervenção urgente ao nível das instalações", exigida pela Comissão de Certificação de Qualidade. Sem essa intervenção, "o CHCB – Centro Hospitalar da Cova da Beira [de que o Hospital Pêro da Covilhã faz parte] corre o risco de não conseguir atingir o objectivo de vir a ser uma unidade certificada".
O Departamento de Saúde Mental foi o único que permaneceu em antigas instalações, propriedade da Santa Casa da Misericórdia da Covilhã, quando o hospital da cidade foi transferido para um novo edifício, há cerca de cinco anos.
Entretanto, a administração do CHCB tem em curso o processo com vista à abertura de concurso para construção de novas instalações para aquele serviço. Até lá, a área de internamento do Departamento de Saúde Mental pode vir a ser transferida para o Fundão - o outro hospital que faz parte do CHCB.
Segundo João Gomes, director clínico do CHCB, "ainda não há decisões, mas há um espaço livre no Hospital do Fundão, na antiga Cirurgia, que é uma possibilidade para acolher as 16 camas do serviço, transitoriamente". Esta possibilidade já foi criticada pelo SEP, que questiona o risco de interferência com o serviço de Medicina Paliativa, sedeado no Fundão.
No entanto, João Gomes garante que "a Medicina Paliativa tem o seu espaço no Hospital do Fundão e isso nunca esteve em causa". "O que nos preocupa quanto às actuais instalações do serviço de Saúde Mental não é a pressão relativa à certificação. É a real falta de condições", disse este responsável.