A feira de emprego decorreu, uma vez mais, no edifício das engenharias
Feira de Emprego
À procura de uma oportunidade

Decorreu na UBI mais um certame dedicado ao emprego e às saídas profissionais que a região oferece. Esta mostra promovida pelo Gabinete de Estágios e pela Associação Académica da UBI teve como principal meta a divulgação de empresas e instituições entre os recém-licenciados. A falta de visitantes foi um ponto menos bom apontado por várias entidades envolvidas.


Por Eduardo Alves


A visita à Feira de Emprego da Beira Interior (FEBI) foi feita por Luís Nunes com alguma timidez. Este estudante de Engenharia Aeronáutica da UBI “não tinha conhecimento da realização deste evento”. Luís Nunes passeou pelo corredor do edifício das engenharias até que parou no stand da Portugal Telecom (PT). Esta foi uma das três dezenas de entidades que estiveram presentes na FEBI, que teve lugar entre os dias 24 e 27 de Maio. Um certame que vai na sua terceira edição e que tem como fundamento principal a divulgação de oportunidades de emprego e também a troca de informações entre os principais interessados em encontrar um trabalho. Embora este ano, “a filosofia não seja propriamente semelhante à adoptada em anos anteriores”, referem os responsáveis, “esta é uma boa oportunidade para trocar impressões e informações”, remata Rogério Palmeiro, do Gabinete de Estágios da UBI.
Este ano, a organização que passou por uma parceria entre o Gabinete de Estágios e a AAUBI, apresentou algumas novidades. Uma das quais fica a cargo do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Rogério Palmeiro adiantou que nesta feira “esteve a funcionar um balcão de atendimento do Instituto de Emprego para que todos os visitantes pudessem tratar da sua situação, pedir informações ou outro tipo de assuntos”. Contudo, um dos pontos negativos encontrado pelos participantes foi precisamente “falta de pessoas, de alunos”, como confessou Manuela Fazendeiro, docente no Centro de Formação Profissional para a Indústria de Lanifícios (CILAN). Esta representante refere que participa pela primeira vez no certame, “daí poder ter criado algumas expectativas que depois não se concretizaram”. Mas faz questão de sublinhar também “a falta de questões e de curiosidade dos visitantes”.
Quem parece partilhar da mesma opinião é Laurinda Briga. A representante da Portugal Telecom esteve na UBI “para mostrar o funcionamento interno da empresa, embora não existissem muitos alunos ou visitantes a questionar”. Para além disso trouxe também um desafio “aos estudantes universitários”. Todos os alunos a frequentar uma licenciatura, “entre o primeiro e o quarto ano”, podiam inscrever-se em trabalhos part-time. “Uma forma de ligar os estudantes ao mundo de trabalho”, adianta a responsável da PT. A mostra que pretende combater a falta de emprego que marca o País e sobretudo “a região da Beira Interior” não apresenta empregos em si. Na óptica dos organizadores, “optou-se por dar a mostrar algumas empresas que recebem estagiários da UBI, de forma a que se partilhem informações e conhecimentos entre as várias entidades”. Ainda assim, Rogério Palmeiro explica que o certame não se dirigiu exclusivamente para os estudantes da UBI.