José Manuel Alves
NC / Urbi et Orbi


Segundo o responsável regional pela Protecção Civil, a falta de água vai ser um dos grandes problemas deste verão

A Protecção Civil do distrito de Castelo Branco preparou um dispositivo de combate aos incêndios florestais, denominado Alfa, que decorre desde o passado dia 15 de Maio e até 30 de Junho, no qual vão actuar 12 grupos de primeira intervenção, e três grupos de apoio, num total de 66 homens, apoiados por 15 viaturas.
Ainda no âmbito deste dispositivo, actuarão nas operações dois aviões ligeiros para vigilância nas zonas mais crítica.
De acordo com Rui Esteves, coordenador do serviço, no caso de existirem condições climatéricas adversas, "o dispositivo poderá ser aumentado". A partir de 1 de Julho e até 30 de Setembro, decorre a segunda fase, intitulada Bravo, que prevê a intervenção de 228 elementos, distribuídos por doze corpos de bombeiros, apoiados por 66 viaturas, para além dos meios aéreos que vão funcionar na Covilhã e em Proença-a-Nova.
No distrito de Castelo Branco, vão actuar dois helicópteros pesados, dois ligeiros e dois aviões do mesmo género, que farão a primeira intervenção e a vigilância armada.
Segundo Rui Esteves, a novidade para este ano, "é o aumento de meios aéreos, e as duas brigadas heli-transportadas, cujos bombeiros se especializaram na intervenção a incêndios florestais, para combaterem o incêndio logo à nascença, para que a sua extinção seja rápida".




Falta de água preocupa

Relativamente à época de incêndios que se aproxima, o coordenador lembra a situação complexa que se vive nos níveis de água baixos nos poços e pontos de água, "importantes infra-estruturas" já que "são uma fonte de abastecimento para os bombeiros de intervenção e respectivos helicópteros", causando deste modo, uma maior dificuldade no abastecimento de água, e na extinção do próprio incêndio.
O responsável pela Protecção Civil apela deste modo, "à ajuda necessária para evitar o incêndio, no sentido de se poder manter um distrito verde, tendo em conta que esta é uma problemática nacional, em que todos têm de contribuir".
Quanto ao estado das viaturas dos bombeiros, lembra ser este um problema complexo, tendo em conta que, "nos últimos anos não houve um reequipamento claro", o que motiva algumas situações complexas nos corpos de bombeiros, que têm algum equipamento obsoleto.
No entanto, e nesta situação, houve algumas viaturas que já foram repostas, como são exemplo disso, os bombeiros de Penamacor, financiados em 80 por cento para a compra de uma viatura de combate a incêndios florestais, e que aguarda a sua chegada.
Também os bombeiros de Castelo Branco foram contemplados com uma viatura, já em funcionamento, tendo sido comparticipada em 25 por cento pelo Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil.
Segundo Rui Esteves, uma das lacunas existentes no distrito, prendia-se com os auto-tanques tácticos, caso concreto do Fundão e Castelo Branco, em que ambos os corpos de bombeiros, já se encontram financiados em 50 por cento, para a aquisição da respectiva viatura, tendo em conta que o apoio das respectivas autarquias.
Quanto à conservação de viaturas, concretamente dos bombeiros de Vila Velha de Ródão, "está a decorrer uma reparação geral num veículo tanque-táctico e num outro de combate a incêndios, reparações da responsabilidade do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil". Quanto ao número de homens no terreno, o coordenador, lembra que "há dificuldades nos corpos de bombeiros em terem mais elementos disponíveis", pese embora a disponibilidade de financiamento do Serviço de Bombeiros e Protecção Civil.
Uma situação que pode ser consubstanciada, com "a intervenção dos meios aéreos", refere.