“Uma
sardinha p’ra três”
Epopeia beirã da época do volfrâmio
Peça retrata
os primeiros anos da década de 40 e as dificuldades
atravessadas por quem vivia no interior do País.
Um trabalho do Teatro de Castelo Branco apresentado na
Covilhã.
O VÁATÃO – Teatro de Castelo Branco,
apresentou no auditório do Teatro das Beiras, na
Covilhã, no passado sábado, 21, a peça
"Uma sardinha p’ra três”. Trata-se
de um trabalho que retrata o período da rebusca
do volfrâmio nos primeiros anos da década
de 40. Portugal é um país profundamente
rural e dependente do exterior ao nível das principais
importações. A guerra que as potências
do “ eixo” travam com as “forças
aliadas” acentua a crise que se vive nas classes
média e baixa. Há escassez de alimentos,
combustíveis e outros bens de consumo. O povo do
interior do País é obrigado a dedicar-se
ao roubo. E rouba o que pode: trigo, azeitona, azeite,
figos, lenha e até volfrâmio.
“Uma sardinha p’ra três” é
uma homenagem à gente simples da região,
pessoas que, apesar de brutalizadas pela vida, souberam,
com o seu esforço, inteligência e humildade
“dar a volta à questão”.
O texto de Carlos Sousa, Luís Beato e Rui Duarte
contou com encenação de Luís Beato.
Anabela Castro, Fernando Paussão, Gabriel Varela,
João Paulo Leitão, João Feio, João
do Russo, Luís Beato, Maria da Luz, Paulo Lourenço
e Vera Mafalda constituíram o elenco de actores
e músicos desta peça que tem uma duração
de 120 minutos, divididos em duas partes. A produção
executiva esteve a cargo de Ana Paula Mota.
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