As energias renováveis
estão, cada vez mais, na ordem do dia. Isso mesmo
provam os inúmeros protótipos que os diferentes
construtores automóveis estão a construir.
A Toyota, um dos principais fabricantes de automóveis
é também uma das primeiras marcas a lançar
no mercado um automóvel híbrido. Foi exactamente
sobre esse veículo que Hélio Costa, engenheiro
mecânico do Departamento Técnico da Toyota
veio falar à UBI. Perante uma plateia composta
por alunos das várias licenciaturas, o representante
da marca nipónica explicou todo o processo que
está subjacente a esta máquina.
O Prius da Toyota apresenta-se como uma solução
híbrida. Isto é, “um automóvel
que recorre a duas diferentes fontes de energia”.
Equipado com um convencional motor de combustão
interna, a gasolina, tem também “uma série
de baterias eléctricas que funcionam em sintonia
com o motor de explosão”. As baterias que
equipam o Prius não requerem qualquer tipo de carregamento
por parte do utilizador do automóvel. Isto porque,
devido ao elevado grau de desenvolvimento destas máquinas
“estes acumuladores de energia recarregam-se de
forma automática”.
Em andamento, o Prius consegue tirar proveito das travagens,
dos abrandamentos, das descidas e outras situações
aproveitando a energia produzida nestes cenários,
para recarregar as suas células. Estas baterias
vão depois ajudar o motor convencional quando este
necessitar de força motriz extra, em caso de arranque,
de subida mais íngreme ou de aceleração
mais brusca. Outra das grandes novidades apresentadas
por este automóvel prende-se com o facto da utilização
mista das duas fontes de energia. “Uma utilização
que não é sentida pelo condutor”,
revela Hélio Costa. Segundo este técnico,
“o utilizador, ao conduzir este carro, está
perante um veículo perfeitamente convencional”,
uma vez que o motor de combustão interna e as baterias
trocam o seu funcionamento de forma automática.
Hélio Costa exemplifica com uma situação
muito usual, “mas que permite a este tipo de veículos
poupar grandes quantidades de combustível”.
O técnico da Toyota explica que “quando o
condutor imobiliza o Pryus num semáforo, este passa
a ser alimentado pelas suas baterias”, o condutor
continua com o veículo ligado, podendo usufruir
de todas as suas funções, “inclusivamente
o ar condicionado”, mas o motor de combustão
interna está desligado, “o que leva a um
consumo zero”. Quando o automobilista retoma a marcha,
o motor convencional é accionado podendo ser auxiliado
pelas baterias.
Este carro apresenta-se como uma verdadeira alternativa
aos veículos convencionais. Segundo dados do construtor
estamos perante um veículo de 110 cavalos de força,
“o que corresponde a um automóvel equipado
com um motor convencional de gasolina, na ordem dos mil
e 600 centímetros cúbicos, mas cujos consumos
são menores que os registados num citadino de mil
centímetros cúbicos”. Hélio
Costa é o primeiro a sublinhar que para se chegar
a este veículo e a outros semelhantes, “já
se percorreu um longo caminho”. Mas a aposta das
marcas está cada vez mais “virada para as
soluções híbridas ou totalmente limpas”.
Os alunos da UBI, no final da palestra tiveram a oportunidade
de observar o veículo ao vivo e a sua utilização
prática.
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