A tese apresentada na UBI surge agora em livro pela Piaget Editora
Nova publicação
Tese de mestrado editada em livro

A Piaget Editora acaba de publicar “O Destino do Eu”, uma tese de mestrado em Ciências da Comunicação apresentada na UBI por José Manuel Teixeira da Silva.


Por Eduardo Alves


A discussão em torno do conceito de indivíduo e a sua íntima articulação com o tema do individualismo em geral constitui o objecto de estudo primordial da tese de mestrado na área de Ciências da Comunicação, realizada por José Manuel Teixeira da Silva. Um estudo defendido na UBI, que agora surge publicado através da Piaget Editora.
Em duas centenas de páginas, o autor da tese e do livro intitulado “O Destino do Eu”olha para o conceito de indivíduo desde o aparecimento da humanidade até aos nossos dias. Apoiando esta viagem temporal em períodos chave para a evolução deste mesmo conceito. O autor da tese agora apresentada em seis capítulos aborda várias correntes filosóficas passando, entre outros, por Kant, Hegel, Feuerbach e Max Stirner. Durante a obra, “constatam-se também as dificuldades que esta espécie de esquizofrenia fundacional do Eu transpõe para a contemporaneidade, onde se verifica o desabafar da orgulhosa concepção stirneana do eu”.
O prefácio desta obra ficou a cargo de Adriana Veríssimo Serrão onde se pode ler que o livro de José Silva se inscreve “inteiramente na análise e discussão do conceito de indivíduo em íntima articulação com o tema do individualismo em geral, incidindo preferencialmente nas formas de que este se reveste no mundo contemporâneo”. Ainda na mesma anotação feita por Adriana Serrão, pode ler-se que “o autor não se queda pelos planos do estudo da tradição e do diagnóstico crítico do presente. Feito o diagnóstico, impõe-se determinar a terapia, o que acontece nesta obra”. O trabalho abarca várias vertentes, desde a ascensão e queda do indivíduo na modernidade, passando pela problematização do indivíduo e pelo homem invisível, assim como pelo egoísta, abobadando depois a temática Max Stirner versus Feuerbach e Marx e culminando no “eu cercado”. Para Adriana Veríssimo Serrão, “esta obra indispensável, é no fundo, uma noção de indivíduo como vivência e cultura da autenticidade”.