Foi um Sporting da
Covilhã convicto aquele que recebeu e venceu o
Oliveira de Hospital no passado sábado. Apesar
do pouco público que se deslocou ao velhinho Santos
Pinto, cedo se percebeu que os jogadores serranos entraram
em campo suficientemente motivados com vista a manterem
intactas as suas aspirações. Sem Piguita,
lesionado, e com Luisinho em tarde de pouca inspiração
o Covilhã revelou algumas dificuldades no capítulo
da concretização, tendo mesmo que sofrer
para levar de vencida um adversário já tranquilo
na tabela classificativa.
As primeiras situações de perigo surgiram
à passagem do minuto 15, mas, primeiro Luisinho
e depois Banjai desperdiçaram aquilo que poderia
ter sido o primeiro golo do jogo. O Covilhã jogava
rápido, embora a espaços, mas revelava algumas
dificuldades em contrariar um adversário que durante
a primeira parte apenas se preocupou em defender. No entanto,
a tarefa dos forasteiros tornou-se mais complicada a partir
do minuto 35 quando o número 4, Zito, entrou com
tudo sobre Tarantini e viu o cartão vermelho directo.
A partir daqui, o Covilhã intensificou ainda mais
a pressão e acabou mesmo por chegar à vantagem,
por intermédio de Rui Miguel, num lance onde o
guarda-redes Armando pareceu ser mal batido. Estava, então,
aberto o activo no Santos Pinto e o público covilhanense
podia, finalmente, encarar o jogo com outra tranquilidade.
A jogar em superioridade numérica, o técnico
Fanã pedia à equipa para se “esticar”
mais no terreno e, de facto, era notório que quando
o Covilhã jogava pelas alas estava quase sempre
perto do golo. Em cima do minuto 45, Oliveira, acabou
mesmo por introduzir a bola pela segunda vez na baliza
de Armando, mas, o golo acabou por ser anulado por eventual
fora de jogo do avançado covilhanense. O Covilhã
chegava ao intervalo em vantagem no marcador, numa primeira
parte marcada por um domínio avassalador da equipa
da casa.
Na segunda parte, o filme do jogo acabou por ser totalmente
diferente. As equipas entraram em campo com outra atitude
e o jogo acabou por se tornar mais aberto. Se na primeira
parte o Oliveira de Hospital manteve sempre o “autocarro
estacionado” à entrada da sua área,
na segunda apareceu bem mais destemido e a jogar um futebol
mais agradável, apesar de se encontrar reduzido
a dez unidades. No entanto, foi o Covilhã a primeira
equipa a criar perigo quando, na sequência de um
pontapé de canto, Real enviou a bola ao ferro da
baliza de Armando. Esta foi, de facto, a única
grande situação de golo que o Covilhã
conseguiu criar, já que os serranos denotaram alguma
dificuldade em jogar contra dez, complicando aquilo que
parecia fácil. A equipa serrana acabou por controlar
o jogo até final, embora sem o dominar, numa segunda
parte pautada pelo equilíbrio.
Vitória justa do Covilhã que soma, agora,
63 pontos mantendo-se na liderança do campeonato
com dois pontos de avanço sobre o Mafra que também
venceu.
|