Este é o resultado
da análise do único vereador da oposição,
o socialista Miguel Nascimento, com base nas Contas de
Gerência e nos relatórios de gestão
das duas entidades.
Quando o assunto foi aprovado na reunião do executivo
de 13 de Abril o vereador diz ter votado contra por o
volumoso dossiê lhe ter sido entregue com pouca
antecedência para os poder analisar com objectividade.
Entretanto, Alçada Rosa, o número dois da
Câmara da Covilhã, sublinhava que a situação
financeira da autarquia é equilibrada. Miguel Nascimento,
num comunicado enviado à comunicação
social com a análise das contas feita “no
tempo justo e necessário” vem dizer que “a
situação financeira da autarquia é
grave e extremamente preocupante”.
Segundo o vereador socialista, fazendo uma distribuição
da dívida pela população residente
no concelho, de acordo com dados do Instituto Nacional
de Estatística, cada covilhanense devia no ano
transacto 1462 euros (293 contos). Nascimento acrescenta
que o sinal mais grave é a “evolução
galopante das dívidas a curto prazo que, em 2004,
ascendem a 16 milhões de euros”.
Miguel Nascimento perspectiva que os encargos com a dívida
ascendam aos 3,3 milhões de euros, altura em que
se inicia o “ciclo de crescimento das despesas com
a dívida”. E salienta que o período
crítico será entre 2006 e 2014, quando terminarem
os períodos de carência dos 15 empréstimos
contraídos nos últimos oito anos e terão
de se começar a pagar as prestações.
Embora este responsável já tenha adiantado
que em 2008 as dificuldades se vão acentuar.
“Taxa de execução mais baixa
dos dois mandatos”
O único vereador da oposição sublinha
que o passivo, que em 2003 era de 76,7 milhões,
aumentou 3,8 por cento e que desde 97, quando a actual
maioria iniciou o primeiro mandato, “aumentou 368
por cento”. Por outro lado, chama a atenção
para a “taxa de execução mais baixa
destes dois mandatos de gestão PSD”, de 18,21
por cento, que corresponde a 15,3 milhões de euros.
Contactado o presidente em exercício da autarquia,
Alçada Rosa, diz que não tem conhecimento
do documento enviado por Miguel Nascimento, que diz respeitar,
e que por isso não seria honesto estar a comentar
o que não conhece em pormenor. A resposta à
análise do vereador da oposição adianta
que será dada posteriormente, num comunicado. |