Por Fábio Moreira


Esta foi mais uma das muitas aulas práticas que o Departamento tem vindo a promover

O anfiteatro 8.1, no Polo das Engenharias foi o escolhido para receber Pedro Santos, engenheiro da BP, que apresentou a palestra Lubrificação no ramo Automóvel – Princípios Básicos da Lubrificação e Actuais Exigências no Mercado Automóvel.
Esta conferência enquadra-se nos seminários do Departamento de Electromecânica que quer assim “fazer chegar aos alunos uma componente prática de conhecimento”, afirma Paulo Reis, professor do departamento ligado ao evento. Para este docente, “com as conferências, os estudantes podem saber o que se passa e as exigências ao nível do mercado de trabalho, para estarem preparados para o que os espera lá fora”.
Durante aproximadamente duas horas, algumas dezenas de alunos ouviram o engenheiro falar de vários aspectos relacionados com a lubrificação automóvel, e não só, a lubrificação industrial também foi referida.
Os alunos puderam ficar a saber várias características dos lubrificantes, como deve ser feita a lubrificação, que pode ser condicionada pela utilização que se faz do automóvel. Os presentes ficaram ainda a conhecer vários tipos de lubrificantes e que factores ter em conta para a selecção do mais adequado. No fundo, um conjunto de princípios sobre lubrificação úteis para os alunos aplicarem a nível profissional.
Ao longo da sessão, ao contrário do que é habitual, o orador foi esclarecendo as dúvidas dos presentes sobre cada assunto que foi sendo abordado, coisas que costumam ficar para o final. Um exemplo de uma questão colocada foi se se devia usar sempre o mesmo lubrificante numa viatura. A isto Pedro Santos respondeu – “pode e deve desde que com uma utilização normal da viatura, porque um uso mais severo obriga a outro tipo de lubrificante”.
Pedro Santos abordou também a questão da poluição. Segundo o engenheiro, “os novos combustíveis, como o Gforce da Galp ou o Ultimate da BP, têm teores de enxofre muito reduzidos”. O orador falou dos limites para emissões de substâncias poluentes, citando as directivas europeias e americanas actuais e também os projectos de maior redução para o futuro. Para Pedro Santos, “estas directivas são muito rígidas, o que obriga a uma evolução das tecnologias para as poder cumprir”. Esta evolução por sua vez “obriga a uma adaptação e evolução também dos lubrificantes” finalizou o conferencista.