O lançamento
do livro Cidades Médias e Desenvolvimento –
O caso da cidade da Covilhã motivou um colóquio
subordinado ao tema Cidades e Desenvolvimento que decorreu
no dia 11 de Abril, segunda-feira, no Pólo IV.
O evento organizado pelo Departamento de Sociologia da
UBI contou com a presença de docentes e investigadores
da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade
Nova de Lisboa, Universidade do Minho e Faculdade de Economia
da Universidade de Coimbra, além do director do
Jornal do Fundão, Fernando Paulouro Neves.
À ausência inicialmente prevista do Secretário
de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades,
João Ferrão, coube ao sociólogo Luís
Baptista, docente da Universidade Nova de Lisboa, as honras
da apresentação do livro.
O colóquio totalmente vocacionado para a questão
das cidades abordou várias das suas dimensões.
Questões como: a relação entre cidade
e periferia, defesa do património urbano, renovação
da imagem das cidades e papel da literatura na reconstrução
da memória citadina, foram os pontos fortes debatidos.
No geral das diversas exposições sobre o
tema, uma ideia ficou patente: hoje mais do que nunca
a cidade já não funciona como cabeça
mas como porta. Não importa tanto a sua dimensão
demográfica mas o seu potencial de investimento
e facilidade de circulação de bens, serviços
mas, principalmente, informação e ideias.
Assim, as cidades devem ser pensadas colectivamente e
a Universidade tem nesse pensamento um papel predominante.
Domingos Vaz entende que os territórios e suas
regiões só poderão ser competitivos
se as suas cidades forem motor de desenvolvimento económico
e social. As redes de cidades podem mesmo proporcionar
um contributo substancial para compensar os desequilíbrios
e disfunções dos diversos sistemas urbanos.
O investigador menciona ainda o risco de a região
interior ficar “completamente subordinada à
lógica comercial da internacionalização
das principais actividades e cidades espanholas de fronteira”
na hipótese de prolongar a actual situação.
Ao contrário, investir no Interior conduziria à
estagnação desta sangria demográfica
que tem vindo a ocorrer, aliviando a pressão no
Litoral e aumentando a influência além fronteira.
A óptica para um desenvolvimento urbano e regional
passará por analisar atentamente oportunidades
associadas a actividades económicas em expansão
ligadas à natureza, tradição, património
e turismo.
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