Um dos mais recentes
campos de investigação dos media está
ligada com a Comunicação Mediada por Computador
(CMC). As ligações entre os homens passam
agora a ser feitas por meio de uma máquina. Desafios
que comportam a análise de novas potencialidades,
novas fronteiras, mas também entraves e desconexões
que não existiam antes do aparecimento destas tecnologias.
Foi a pensar nas diversas tipologias de meios utilizados,
hoje em dia pelo homem na sua comunicação,
que Adriana Braga, doutoranda brasileira, actualmente
a desenvolver pesquisa no Laboratório de Comunicação
On-Line da UBI (LABCOM), organizou umas jornadas em Ciências
da Comunicação centradas na temática
“CMC, Identidades e Género”. Um dos
intuitos deste evento prende-se com a “definição
de identidades, assim como, a compreensão de algumas
situações que advêm da explosão
da Internet”, referiu logo na nota de abertura,
a organizadora. Durante dois dias, a Sala dos Conselhos
foi o palco de discussão entre investigadores vindos
de vários pontos do globo. E foi exactamente com
a contribuição dos mass media na união
dos mundos que se abriram os trabalhos.
Numas jornadas divididas em quatro pontos fundamentais,
abordou-se “A Internet e o Género”,
as “Interacções digitais: teoria e
método”, as “Identidades na Comunicação
Mediada por Computador” e também as “Configurações
Técnicas do Espaço Público”.
A apresentação de vários estudos
e pesquisa nestas áreas foi seguida por grupos
de comentadores, também eles constituídos
por estudiosos da área.
Estudiosos de vários
pontos do globo deslocaram-se à Covilhã
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Múltiplas utilizações
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As mais recentes descobertas e evoluções
que vêm ocorrendo na sociedade contemporânea
apresentam “novos desafios para a comunicação”.
Segundo Adriana Braga, “o avanço acelerado
das tecnologias computacionais no período recente
apresentou-nos termos próprios e topografia desconhecida”.
Foi no sentido de descortinar essas mesmas inovações
que o LABCOM e o Departamento de Comunicação
e Artes promoveram esta acção.
Com intervenientes vindos de Portugal, Brasil, Estados
Unidos da América e Inglaterra falou-se sobre “o
tempo para além do deslumbramento com a Internet”.
Os organizadores explicam que “as pessoas estão
a utilizar concretamente esta tecnologia nas suas vidas
quotidianas, a negociar e a partilhar sentidos, a definir
identidades, a propor rearticulações”,
tudo motivos para estudos na área da comunicação.
A entrada em cena do computador pessoal veio a alterar
muitas coisas neste domínio. Desde a interacção
com o público até à produção
de conteúdos individuais, “a ligação
à Internet alterou substancialmente a forma de
interacção do público com um meio
de comunicação”, sublinha Braga. Esta
doutoranda explica também que “estas jornadas
vêm colocar em questão os usos sociais do
ambiente digital e os modos de os investigar academicamente
evitando as especulações sobre o impacto
provável da Internet na Humanidade”.
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