Foi a pensar no desenvolvimento
de novas fontes de energia, que este investigador elaborou
a sua tese
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Doutoramento
em física
Criar o Sol na Terra
Os recursos energéticos
provenientes de fontes de energia inesgotáveis
alcançaram mais uma etapa. Uma tese de doutoramento
apresentada na UBI assume-se como o suporte teórico
da recriação do Sol na Terra.
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Por Eduardo
Alves
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Cada vez mais o tema da
energia está em voga no meio académico e político.
As fontes inesgotáveis, os produtos poluentes e os
preços galopantes dos actuais combustíveis
são condições que despoletaram a discussão
e dispararam o número de estudos sobre energias limpas
e renováveis.
Foi esta temática que levou Santiago Armando Reyes
Cortes a estudar uma nova forma de produzir energia a partir
da física nuclear. A tese de doutoramento deste docente
da UBI olha para os actuais “e principais recursos
energéticos, como esgotáveis, poluentes e
a atingir o seu limite”, explica. Este mesmo investigador
refere que estas são conclusões por demais
conhecidas de todos. Daí que uma das novidades da
sua tese trabalhe em torno de uma fonte de energia limpa,
segura e sem limites de exploração. Uma descrição
“quase utópica nos dias que correm”,
mas que dentro em breve pode vir a começar a ser
uma realidade.
Todos os avanços tecnológicos “têm
também possibilitado novos horizontes” refere
o autor do estudo. Na sua apresentação intitulada
“The role of the motional Stark effect diagnostic
in advanced tokamak concept”, Santiago Cortes adianta
o facto de “ser quase possível recriar o Sol,
aqui na Terra”. Isto porque, “a nova energia,
com as condições de que o planeta necessita
tem de estar ligada ao nuclear”. Conseguir índices
de segurança para este tipo de utilização
“é que tem sido mais difícil”.
De forma muito simples, este docente da UBI explica que
o Sol é composto por elementos que “estão
sempre a promover explosões e grandes libertações
de energias”. Contudo, devido à massa daquele
planeta, essa energia, “ou o resultado das explosões”,
é confinado a um dado perímetro, “devido
à massa do Sol”. Na Terra, “de forma
natural”, não é ainda possível
“recriar libertações de energias semelhantes
às que ocorrem no Sol”.
A tese de doutoramento de Santiago Cortes “apresenta
algumas soluções para que isso seja possível”.
Desde a criação de maiores campos magnéticos,
até outro tipo de técnicas próprias
para que se possam explorar todas as potencialidades da
energia nuclear. Uma das formas encontradas por este investigador
“foi a criação de um dispositivo nuclear
de menores dimensões e custos mais reduzidos do que
aqueles que actualmente existem”. Este pequeno passo
no universo de estudos realizados em torno deste tema, “pode
vir a ser um avanço para investigações
futuras”.
Um doutoramento que recebeu a aprovação do
júri constituído por Carlos Abreu Fonseca
Varandas, professor catedrático do Instituto Superior
Técnico da Universidade Técnica de Lisboa,
João Pinheiro da Providência e Costa, professor
catedrático da Universidade da Beira Interior, Avelino
Hermenegildo Passos Morgado, professor catedrático
da Universidade da Beira Interior, Nick Hawkes, investigador
da Culham Science Center – Reino Unido, Fernando Manuel
Moreira Serra, professor associado do Instituto Superior
Técnico da Universidade Técnica de Lisboa,
Vítor José Babau Torres, professor associado
da Universidade de Aveiro e Paulo André Paiva Parada,
professor auxiliar da Universidade da Beira Interior. |
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