Duas sessões,
uma extraordinária e outra pública, marcaram
o trabalho do executivo da Câmara da Covilhã,
na passada semana. Quarta-feira, 13, o grupo de vereadores
foi chefiado por Alberto Alçada Rosa, vice-presidente
da autarquia. Isto porque o social-democrata Carlos Pinto,
presidente da edilidade se encontrava fora.
Mesmo assim, a agenda de trabalhos trazia como um dos
pontos em apreço a suspensão de mandato
do presidente da câmara, algo que não se
veio a verificar, nem quarta, 13, nem sexta, 15, aquando
da reunião pública do executivo.
Na primeira reunião, o que sobressai de maior importância
é a aprovação do relatório
de actividades e contas da câmara municipal e dos
Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento
(SMAS). Estes pontos a receberem o voto contra do único
vereador da oposição, o socialista Miguel
Nascimento. Este refere que “mais uma vez os documentos
com os dados em causa chegaram tarde”. Daí
que o voto negativo não tenha sido “contra
os documentos ou o conteúdo destes, mas sim, pela
forma como foi conduzido o processo”. Nascimento
sublinha que assume “através deste voto”
o seu mais profundo protesto.
Mais um empréstimo
Para financiamento de empreitada de “construção
da 2ª fase da Zona Industrial do Tortosendo”,
a Câmara da Covilhã contraiu um novo empréstimo.
Algo que vem agravar, ainda mais, a saúde financeira
da autarquia. Os números agora revelados pelo vereador
do Partido Socialista “são bem claros”.
Em quatro anos, as dívidas da autarquia serrana
duplicaram. Actualmente a Câmara da Covilhã
deve mais de 80 milhões de euros.
Foi sobre este tema que Nascimento se debruçou
e esclareceu a comunicação social para o
facto de “o objecto da contracção
deste empréstimo ser válido e ajustado ao
desenvolvimento de uma política autárquica”.
Contudo o único vereador na oposição
esclarece que “não pode estar contra este
empréstimo em si, mas contra o que este empréstimo
representa em termos de agravamento da “saúde”
financeira da Câmara Municipal da Covilhã”.
Em notas enviadas à comunicação social,
o vereador pormenoriza as razões do protesto e
faz destacar o futuro “bastante comprometido”
da autarquia.
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