Todo o processo de avaliação
é, ainda hoje, muito restrito, defende o autor
da tese
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Mestrado em
Educação
A avaliação
escolar
Um dos pontos que
continua a gerar maior discussão está agora
estudado em forma de dissertação de mestrado.
A avaliação escolar e todos os agentes que
estão integrados neste processo são alguns
dos pontos abordados neste trabalho.
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Por Eduardo
Alves
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Quem avalia os que avaliam?
A questão foi levantada por Carlos Alberto Gaspar
que foi muito para além da simples pergunta. Na sua
tese de mestrado, intitulada “Avaliação
das Aprendizagens no Ensino Secundário – Estudo
das Atitudes dos Professores Face ao Modelo do Ensino Secundário”,
o professor do ensino secundário olha os métodos
de avaliação e os agentes envolvidos neste,
com olhos de investigador “e de alguém que
tende a estar de fora de todo o processo”.
Uma condição “indispensável”,
segundo este investigador, “para que o estudo conseguisse
resultados verídicos e sustentáveis”.
Dados esses que “não foram nada fáceis
de alcançar”. Isto porque, na óptica
de Carlos Gaspar, “existe, ainda hoje, muita sensibilidade
no que diz respeito aos personagens que estão ligados
à avaliação”. O autor desta tese
de mestrado defende que “os alunos deveriam ser avaliados,
no seu desempenho escolar, através de vários
factores”. Neste campo, a tese apresentada na UBI
leva este método para a área da presença
na aula, da intervenção do aluno nas temáticas
propostas, no seu comportamento e sobretudo, “no seu
desempenho escolar ao longo dos diversos períodos
lectivos”. Carlos Gaspar defende a abolição
do tipo de avaliação vigente, “onde
os alunos obtêm as suas classificações
mediante o resultado de um, dois ou três testes”.
O mesmo será dizer, “de dois ou três
momentos retirados à sorte, de entre vários
meses de estudo e participação”.
Ainda neste estudo, o autor sublinha o facto de “quase
ninguém, ou nenhuma instituição em
concreto avaliar os professores”. As classificações
atribuídas aos alunos “são quase da
exclusividade dos professores”. Isto porque, “existem
muitas reticências quando se fala na participação
de outros agentes, como pais e profissionais, no processo
de avaliação dos alunos”.
Carlos Gaspar obteve a aprovação da sua tese
por um júri composto por Maria de Fátima de
Jesus Simões, professora associada da Universidade
da Beira Interior, Pedro José Sales Luís Fonseca
Rosário, professor auxiliar da Universidade do Minho
e Maria Luísa Frazão Rodrigues Branco, professora
auxiliar da Universidade da Beira Interior. |
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