Gouveia Art Rock 2005
Música progressiva em força

Várias bandas, vindas de pontos diferentes do globo estiveram em Gouveia a dar largas à música progressiva. Os amantes deste género musical acorreram ao evento em grande número.

NC / Urbi et Orbi


Três dias sempre “a rasgar” naquela que quer ser uma das referências da música progressiva. Era isto que prometia o cartaz do Gouveia Art Rock 2005, que decorreu no Cidade Jardim no passado fim-de-semana, nos dias 9 e 10.
Alguns dos nomes mais prestigiados deste género de música estiveram presentes, e por isso a organização, a cargo da Câmara Municipal de Gouveia e da Associação Portugal Progressivo, sublinhou o êxito qualitativamente alcançado. A grande novidade deste ano prendeu-se com as várias actividades paralelas aos concertos, desde uma exposição bibliográfica alusiva à música progressiva, a uma feira de disco e vídeo, lançamento de CD’s e DVD’s, até uma conferência sobre o tema com os mais reputados especialistas de música progressiva. Em termos musicais, todos os subgéneros do progressivo estiveram presentes, desde o sinfónico ao neo-clássico, passando pelo folk progressivo e outros variados géneros.
A abertura fez-se sábado, 9, pelas 15 horas, com os espanhóis Amarok, uma banda que expressa uma alegria contagiante nas músicas que toca. Adeptos do folk progressivo, estes catalães misturam várias influências étnicas no que cantam e tocam. Seguiram-se, duas horas mais tarde, os irreverentes americanos French TV, sempre com temas de participação política na vida pública americana. A ironia, neles, é uma constante. Pelas 19 horas subiram ao palco os ingleses Arena e às 22 horas e 30 o sueco Lars Hollmer, apelidado de autêntica lenda viva do folk progressivo, com uma música vanguardista muito original, com forte inclusão de elementos da música de raiz tradicional. A noite acabou com os Miriodor, do Canadá.
No domingo, para os saudosistas, uma boa notícia: pelas 15 horas foi apresentado o álbum “Delirium”, dos Tantra, uma banda portuguesa que fez furor nos anos 80. Depois, um quarto de hora a seguir, subiram ao palco os também portugueses Trape-Zape, com um som progressivo de fusão inteiramente instrumental. De Itália, às 17 horas, chegaram os The Watch e o fim de tarde terminou com os belgas Univers Zero.