A Ordem dos Farmacêuticos
estima que o valor dos medicamentos desperdiçados
ascenda a um milhão e meio de euros
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Na Região
Centro
Quase metade dos medicamentos
são desperdiçados
Seja por decisão
dos doentes ou por excesso de quantidades prescritas,
o certo é que quase metade dos medicamentos receitados
é desperdiçada na Região Centro.
São estas as conclusões de um estudo da
Associação Nacional de Farmácias.
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NC / Urbi et
Orbi
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Na Região Centro
metade dos medicamentos receitados é desperdiçada,
por excesso das quantidades prescritas ou por decisão
dos doentes. Esta é a conclusão de um estudo
elaborado por cinco investigadores ligados ao Centro de
Estudos de Farmacoepidemiologia da Associação
Nacional de Farmácias e ao Núcleo de Farmacovigilância
do Centro, que abrange a Região Centro. A investigação
concluiu que o desperdício global na amostra em estudo
é de 49,7 por cento. A proporção de
desperdício relativa à prescrição
é de 30,1 por cento e de 45,7 durante a utilização.
No topo da lista encontram-se os anti-inflamatórios
e anti-reumatismais, seguidos dos analgésicos. Os
antibióticos, apesar de ser o grupo terapêutico
com menor proporção de desperdício,
apresentam ainda uma taxa de 19,6 por cento. Segundo os
investigadores o desperdício na prescrição
poderá justificar-se pela inadequação
das embalagens ao tempo de tratamento. O desperdício
na utilização do medicamento poderá
ter a ver com questões ligadas à adesão
à terapêutica, à ocorrência de
efeitos indesejáveis e à percepção
que o doente tem do seu estado de saúde.
Tendo em conta este indicador a Ordem dos Farmacêuticos,
uma das entidades promotoras do estudo, estima que no País
o desperdício do medicamento deve ascender a um milhão
e meio de euros por ano.
O estudo, apresentado esta semana, teve como amostra 173
utentes da zona centro com mais de 18 anos, que utilizam
o medicamento pela primeira vez ou que não o tenham
tomado há menos de três meses. O ponto de partida
do estudo foi a avaliação da proporção
de medicamentos receitados e não utilizados por inadequação
das quantidades prescritas ao tempo de tratamento necessário,
e a proporção de medicamentos que não
foram utilizados pelos doentes, em desrespeito ao tratamento
prescrito pelo médico. |
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