Uma jovem do Azerbeijão
conquistou o primeiro lugar
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Covilhanense
conquista primeiro lugar
Nélson Ferreira
e Mikhailova
vencem Concurso de Arco “Júlio Cardona”
A jovem do Azerbaijão
foi a vencedora no violino e o músico do Sarzedo
ganhou o primeiro prémio em violoncelo, o prémio
do público e o de melhor covilhanense.
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NC / Urbi et
Orbi
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O covilhanense Nélson
Ferreira e Lena Mikhailova, do Azerbaijão, foram
os principais vencedores do V Concurso Internacional de
Instrumentos de Arco “Júlio Cardona”,
que terminou na noite do dia 24 de Março com um Concerto
da Orquestra Nacional do Tejo, composta na maioria por músicos
formados na Covilhã, e a entrega de prémios
a quem mais se destacou nas seis categorias, perante uma
plateia que quase lotou o Teatro-Cine.
Na exibição com que brindou os presentes na
noite da consagração Lena Mikhailova mostrou
porque é que saiu da Covilhã com o prémio
da principal categoria, violino classe A. O instrumento
que tocava o patrono do concurso, o covilhanense Júlio
Cardona, professor no Conservatório Nacional e fundador
da Orquestra de Lisboa. Já Nelson Ferreira, natural
do Sarzedo, foi o melhor na classe A de violoncelo e levou
também para casa o prémio do público
e de melhor intérprete do concelho, que contava com
sete participantes.
Nélson Ferreira iniciou os seus estudos na Escola
Profissional de Artes da Beira Interior, passou pela Academia
Nacional Superior de Orquestra e encontra-se a estudar no
Trinity College of Music, em Londres, onde se preparou para
o concurso, um trabalho que começou em Setembro.
“Tive que trabalhar muito para o conseguir e dei o
máximo que pude, para mim é um grande feito,
quando cheguei não pensei ganhar”, frisa o
jovem músico, de 24 anos. Nélson Ferreira
sublinha que se trata de um evento de grande nível,
até mesmo tendo em conta o percurso de antigos vencedores
da sua categoria, e acrescenta que o seu objectivo era passar
a primeira eliminatória. Mas o facto de “estar
a jogar em casa” faz com que esta distinção
tenha um significado especial.
Depois de impressionar com a qualidade da execução,
Lena Mikhailova, que actualmente estuda em Espanha, salientou
a dureza da competição, com muitas provas
em que se tem de fazer o melhor que se sabe. “É
um concurso interessante, porque há muita gente boa
a participar”, realçou. E referiu ainda o gosto
que teve em tocar a música obrigatória, a
sonata para violino e piano da autoria de Ivo Cruz. Um tema
que descreve como “muito bonito, com motivos típicos
portugueses”.
Prémios de viola na classe B não foram
atribuídos
Na classe B, para músicos até aos 18 anos,
o prémio para o melhor covilhanense foi também
para um violoncelista, Valter Freitas. Para Campos Costa,
responsável pela organização, a cargo
da delegação da Covilhã da Juventude
Musical Portuguesa, são distinções
que mostram que “a Covilhã continua a deixar
marca no violoncelo”.
Na classe A, até aos 30 anos, o primeiro prémio
de viola foi ganho pelo belga Anthony Devroye e o segundo
foi partilhado pela portuguesa Joana Pereira e Matthew Jones,
do País de Gales. No violoncelo, onde Nélson
Ferreira foi a estrela mais cintilante, Sabine Horlemann
ficou em segundo. Na modalidade principal, o violino, Rachel
Kolly, da Suíça, foi a segunda classificada,
ex-aequo com Vladlen Chernomor, do Uzbequistão.
No que toca à classe B o portuense Afonso Fesch venceu
no violino, seguido do russo Vladimir Tolpygo. Uma categoria
onde Marta Vieira e Joana Cipriano obtiveram menções
honrosas. No violoncelo a espanhola Ana Lorens foi a vencedora
e Valter Freitas o segundo classificado, com menções
honrosas para os também covilhanenses Miguel Fernandes
e Pedro Vaz. Na viola não foram atribuídos
prémios. Segundo Campos Costa porque os participantes
“não corresponderam às expectativas”.
O que revela o “grau de exigência, o concurso
impõe-se por os participantes terem de vir bem preparados”,
salienta.
Os custos da iniciativa rondam os 60 mil euros e Campos
Costa sublinha que ainda não foi aprovado qualquer
apoio no Ministério da Cultura, mas ainda espera
que o Estado dê um contributo. Entretanto explica
que a edição deste ano foi organizada com
uma verba atribuída por José Sócrates
há quatro anos, através do Instituto Português
da Juventude, e que estava guardada para uma eventualidade
como esta. |
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