Por Eduardo Alves


Os tarifários dos transportes públicos podem vir a sofrer um aumento

A última reunião do executivo camarário, na passada sexta-feira, 1 de Abril, foi de âmbito privado. Vários assuntos estiveram em cima da mesa, mas ainda assim, o presidente da autarquia serrana, Carlos Pinto, escusou-se a prestar esclarecimentos aos jornalistas, no final dos trabalhos.
Num dia marcado pela votação contra, da equipa camarária, ao aumento dos tarifários que são praticados nos transportes públicos da Covilhã. O consórcio formado pelas empresas Auto-transportes do Fundão S.A. e Joalto – rodoviária das beiras, S.A., pretende que todo o tipo de bilhetes actualmente em vigor registe uma subida de preços.
Para o executivo camarário, mais propriamente, para o vereador da oposição, Miguel Nascimento “este aumento só poderia ser pensado, caso se registassem melhorias nas condições de transporte, de serviço e nos autocarros”. O socialista votou contra um acréscimo dos tarifários, até porque, “estes estão directamente relacionados com o serviço prestado”. E quanto a esta matéria, “o bem-estar dos munícipes deve estar sempre na primeira linha das preocupações da autarquia”. O socialista lembra mesmo que as falhas na actual empresa passam “por uma frota de veículos obsoletos, pela desadequação das carreiras às necessidades dos munícipes, nomeadamente nos circuitos para os parques industriais do Canhoso e Tortosendo e pela falta de infra-estruturas de apoio a todo o serviço”. Daí que Nascimento tenha votado contra este acréscimo de preços, embora esta decisão camarária não tenha peso definitivo, pelo que o consórcio pode mesmo aumentar os tarifários.

Paragem junto à Câmara Municipal

Seguindo no assunto dos transportes públicos, o único vereador na oposição na autarquia serrana tomou o assunto das paragens para sugerir a criação de uma paragem junto ao edifício da câmara municipal. Segundo Nascimento, “para os mais idosos e para as pessoas com incapacidades físicas, que se deslocam de autocarro ao centro da cidade, não faz sentido terem de seguir até à esquadra da PSP para depois fazerem uma grade parte do percurso a pé, quando poderiam ficar logo no centro da cidade”. A medida sugerida por Nascimento tem como objectivo a paragem dos autocarros junto a um dos actuais estacionamentos temporários que existem na Praça do Município.
Segundo o socialista, uma vez que ninguém da presidência ou vereação da câmara prestou declarações, “a proposta foi bem acolhida”.