A Agência Espacial Europeia (ESA) poderá vir a desenvolver, em parceria com a UBI, componentes para o satélite "Galileo"
Parceria com a UBI
Agência Espacial Europeia
estuda instalação no Parkurbis

Os futuros desenvolvimentos na tecnologia de sistemas de navegação por satélite podem vir a ser feitos no Tortosendo. Uma das empresas ligadas à Agência Espacial Europeia pretende ficar no Parkurbis.


João Rodrigues
NC / Urbi et Orbi


Uma delegação da Agência Espacial Europeia (ESA) pode vir a ser uma das próximas residentes do Parkurbis, na Covilhã. A notícia é avançada por Rui Dias, antigo aluno de Universidade da Beira Interior e, agora, analista da agência na delegação de Frascati, em Itália.
A sub-empresa, que no caso de ser atribuída à Covilhã, pretende instalar-se no Parkurbis, vai desenvolver tecnologia para sistemas de navegação a implementar nos futuros satélites do “Programa Galileo” que venham a ser lançados para o espaço. “Não se trata de uma plataforma de montagem ou construção”, explica Rui Dias, “mas penas de um centro de investigação e desenvolvimento tecnológico”.
A ESA assinou em 2003 um protocolo com a União Europeia no sentido de envolver na sua pesquisa outros países da Comunidade, para além da Inglaterra e França, e respectivas universidades. A Covilhã está por isso na lista da agência espacial e é, segundo o analista, “uma das mais bem colocadas”. O facto de existir na UBI a licenciatura em Engenharia Aeronáutica “pode vir a ser um factor decisivo, uma vez que o envolvimento com as universidades locais é uma das prerrogativas da instituição”. Dias enaltece ainda a existência de boas vias de comunicação como a A23 e a A25, bem como a existência de um aeroporto na cidade que até já tem um plano de expansão.
O analista da ESA está a dirigir em Portugal a equipa de quatro pessoas que estuda uma possível localização e, segundo o próprio, “dentro do País a Covilhã já ganhou a corrida”. Isto porque, afirma, em mais nenhuma universidade é leccionada a licenciatura de Aeroespacial”. Contudo, sublinha, “ainda não são favas contadas”, até porque, na corrida pela infra-estrutura, estão uma cidade na Polónia e duas em Espanha. “Que têm, também, muitos pontos a favor”. O estudo para a Covilhã, refere Rui Dias, “está concluído e é positivo. Agora, a decisão é de Paris, e só lá para Agosto haverá uma resposta uma vez que há muita coisa a considerar e muitos passos a tomar”. O primeiro será entrar em contacto com as entidades locais, como a Câmara a Universidade e o recém empossado Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior para iniciar as primeiras conversações. No entanto, conclui, nunca antes de 2007 será iniciada a delegação.
Recorde-se que, já em Outubro de 2004, industriais de duas empresas de aviação russas se deslocaram à Covilhã para avaliar a possibilidade de instalar filiais na cidade serrana. Os empresários regressaram agradados com o que viram e deixaram no ar a hipótese de investimento na cidade assim que o projecto de alargamento do aeródromo estivesse concluído.