Os espaços estavam
legalizados, as mensagens não apresentavam qualquer
tipo de matéria que ultrapassasse a lei e nada fazia
prever a atitude da Câmara da Covilhã. Recorde-se
que a autarquia social-democrata mandou uma equipa de funcionários
retirar os cartazes que o PCP tinha colocado em vários
espaços da cidade. Isto no caso dos de menor porte,
“visto que os placards gigantes foram pintados a branca,
bem como algumas pinturas murais”, sublinha Jorge
Fael, responsável político do PCP Covilhã.
Em conferência de imprensa realizada na passada semana,
os comunistas mostraram o seu descontentamento perante uma
atitude que só mostra “a visão senhorial
da cidade e do concelho e uma concepção retrógrada
do exercício das liberdades”, acrescenta Fael.
A destruição da propaganda do PCP, por parte
da autarquia covilhanense vai levar os comunistas a processar
os responsáveis. Com todas as licenças pagas
e todos os avisos legais feitos, segundo os responsáveis
políticos comunistas, “esta situação
não passou de uma ilegalidade”.
Intolerância e arrogância
Na conversa com os jornalistas foi lido o comunicado
do PCP covilhanense. Do documento que pretende transmitir
o descontentamento deste partido ressalta o parágrafo
onde classificam a atitude câmara como “manifestações
de intolerância e arrogância”, às
quais o PCP “sempre se opôs.
Para os comunistas, o social-democrata Carlos Pinto “tem
protagonizado episódios onde ora insulta uns, ora
amesquinha outros”. Todos os passos dados pela edilidade,
neste sentido, são entendidos pelo PCP como “graves
ataques ao direito constitucional de livre expressão
e informação, a que está associado
o direito de livre propaganda”. Daí que os
comunistas ponderem avanças judicialmente contra
o Câmara da Covilhã. |