Castelo Branco comemorou
no domingo, 234 anos de elevação a cidade,
tendo a efeméride sido celebrada durante a Assembleia
Municipal convocada para o efeito.
O presidente da Câmara Municipal, Joaquim Morão,
após fazer uma retrospectiva desde que assumiu
a gestão dos destinos do município, lembrou
que "entre outras há mais instituições
fundamentais para o desenvolvimento da cidade, nomeadamente,
o Instituto Politécnico com os seus cerca de cinco
mil alunos ou o Hospital Amato Lusitano, que importa consolidar
e fortalecer". Em dia de aniversário, o autarca
lamenta que ""Castelo Branco continue a assistir
ao fecho de serviços essenciais, sendo o Interior
sacrificado, pelo que é altura de dizer basta".Apesar
desta contrariedade, o autarca mostra-se bastante optimista
quanto ao futuro, já que "voltamos a ter influência
política" pelo que "é necessário
fazer o trabalho de casa. Se tal conseguirmos temos influência
para o conseguir". A concluir, o edil albicastrense
salienta o trabalho realizado que "começa
a dar os seus frutos" com um executivo que "tem
capacidade para ouvir e corrigir, porque não há
cidades perfeitas".
Por seu turno, Manuel Pereira (PSD) considera que "a
cidade carece de uma atenção especial que
não se pode esgotar naqueles que pensam saber tudo
e que julgam não precisar de mais ninguém.
Todo somos poucos mas se formos todos parecemos muitos",
lembrando que "a Câmara Municipal não
pode e não deve acantonar-se a um determinado tipo
de intervenção que, embora necessário,
não consegue romper com um certo estigma que caracteriza
as assimetrias entre o Interior e o Litoral". A concluir,
o social-democrata lembra que "Castelo Branco não
pode, nesta fase do desenvolvimento do País e da
própria cidade, depender, quase exclusivamente,
dos Lares e dos Centros de Dia para criar emprego deixando
passar por si milhares de jovens com qualificação
superior".
Celeste Capelo (CDS/PP), considera que "a cidade
é a mesma, mas o seu pulsar é diferente.
A evolução natural e desejável tornam
hoje Castelo Branco uma cidade que é e será
sempre do Interior, mas que a nova ordem política
e administrativa, tendo como centro decisor Bruxelas lhe
podem aportar uma centralidade que merece ser aprofundada
e fortalecida".Por seu turno, Ana Maria Leitão
(CDU) considera que "a aposta na reafirmação
do espaço público é fundamental para
os cidadãos, em que Castelo Branco sempre soube
encontrar os caminhos para dizer basta a um Governo que
desvalorizou os municípios, que não cumpriu
a Lei das Finanças Locais".
Cristina Lopes Dias (PS), lembrou que "a autarquia
tem vindo a desenvolver políticas e medidas de
intervenção municipal, numa lógia
de humanização de Castelo Branco, visando
uma cidade para as pessoas. Assim, as intervenções
de requalificação do espaço físico
da cidade, constituem uma componente importante para a
elevação dos padrões de qualidade
de vida, criando condições para uma nova
apropriação do território habitual,
frequentemente mais adequado à multiplicidade das
formar de utilização do espaço, dos
comportamentos e dos estilos de vida que caracterizam
uma sociedade
contemporânea".
A socialista considerou que "todas as alterações
físicas, sociais e culturais de Castelo Branco,
proporcionam uma maior participação cívica
dos seus habitantes nos equipamentos da cidade, garantindo
mais tempo, mais conhecimento e maior qualidade de vida
para todos".
No final da sessão solene, a autarquia atribuiu
ao professor Carlos Gama a Medalha de Mérito Cultural
pelo seu trabalho desenvolvido em prol da música.
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