Tal como se previa, o
Municipal de Penamacor, com uma boa moldura humana, assistiu
a um jogo equilibrado. Frente a frente encontravam-se duas
equipas que têm pautado a sua temporada pela regularidade
exibicional e de resultados. Dois técnicos com um
profundo conhecimento da realidade do futebol distrital,
e dois plantéis conscientes das suas próprias
capacidades, bem como das do adversário. Não
foi, por isso, um jogo bonito, mas foi uma boa partida de
futebol.
A uma primeira parte onde o Fundão se mostrou mais
atrevido, depois de um primeiro reconhecimento do terreno
e do posicionamento adversário, sucedeu um segundo
tempo em que o conjunto da casa se libertou mais para o
ataque criando espaços e baralhando o sector mais
recuado dos visitantes.
Ainda assim, o perigo nunca foi uma constante junto de cada
uma das balizas. No subconsciente de cada um dos jogadores,
apesar das indicações dos técnicos,
pesava, sobretudo, mais, o reconhecimento de que uma derrota
neste jogo podia significar o afastamento quase definitivo
da liderança e do título. Por isso, assistiu-se
a um embate renhido a meio-campo. Uma zona de terreno controlada
à vez em função da disponibilidade
física de cada uma das equipas.
Lances de golo iminente? Houve dois na primeira parte para
o Fundão, e três na segunda para o Penamacor.
O empate aceita-se, claro, mas sem golos acabou por perder
algum interesse. No final, Mário Pereira reconhecia
que o empate era um resultado que se aceitava, mas que a
haver um vencedor teria que ser o Penamacor por aquilo que
fez na segunda parte. Joca, técnico do Fundão,
certamente teria um discurso semelhante, adequado à
sua equipa. Teria, se falasse à imprensa no final
do jogo, claro. Mas parece que a moda dos “blackout’s”
da I Liga saltou vários escalões do futebol
português para se instalar nos distritais. Oleiros
empata em Castelo Branco
De resto, o empate entre os dois comandantes foi apenas
um em quatro que marcaram a jornada, e o único
jogo onde não se gritou qualquer golo. A mais surpreendente
das igualdades, porém, surgiu onde menos se esperava.
Em Castelo Branco, o Desportivo local forçou a
divisão de pontos com o Oleiros. A turma orientada
por Joaquim Peres continua em trajectória descendente
e, depois de ter estado em vantagem grande parte do desafio,
consentiu o empate nos últimos minutos frente a
uma equipa massacrada todas as jornadas.
Na luta pela terceira posição, o Unhais
volta a ganhar terreno e dificilmente perderá o
lugar. Isto porque o estrela goleou na recepção
ao Pedrógão enquanto, no Cabeçudo,
o conjunto local empatava a duas bolas com o Cariense.
Também digno de registo é o volumoso triunfo
do Escalos de Baixo em Belmonte. A formação
albicastrense goleou a União Desportiva num jogo
em que Tó Real, técnico dos locais, lançou
o guarda-redes suplente, Paulinho, a… ponta-de-lança,
com meia-hora de jogo pela frente. |