Numa iniciativa da EB 2/3 do Tortosendo, esteve presente uma docente da UBI
Docente da UBI em conferência
Os judeus na Idade Média

Maria Antonieta Garcia, presidente do Departamento de Letras foi a segunda docente da UBI a ser convidada pelos responsáveis da EB 2/3 do Tortosendo, para participar no ciclo de conferências sobre “Um dia no reinado de D. Sancho I”.


Por Eduardo Alves


Foi falar sobre judeus a terras do Tortosendo. Maria Antonieta Garcia, docente da UBI e uma das investigadoras com mais trabalhos nesta área foi a segunda convidada a participar na iniciativa escolar “Um dia no reinado de D. Sancho I”.
Este evento que está a ser promovido pela Escola Básica dos 2º e 3º ciclos do Tortosendo e pela Liga dos Amigos do Tortosendo (LAT) prevê que os alunos da escola, ao longo do ano, realizem várias actividades de investigação que têm como finalidade recriar um dia no reinado de D. Sancho I, o povoador.
Depois de Paulo Osório, foi a vez de Antonieta Garcia transmitir para professores, alunos e população em geral, alguns conhecimentos sobre a vivência social daquela altura. Um dos grupos sociais mais importantes na data em análise era o dos judeus. Para a docente da UBI, estes sempre tiveram, ao longo da história, “um papel muito importante no desenvolvimento das comunidades e sobretudo, do comércio”.
Este espírito de negócio e de apego à religião judaica, marcado por uma vivência e uma fé muito próprias, deixou marcas que ainda hoje são visíveis nas comunidades judaicas dos nossos dias. Antonieta Garcia lembrou, a propósito de D. Sancho e do “importante papel que este desempenhou na ajuda à fixação de gentes no interior e na zona raiana do País”, de que se torna, cada vez mais necessário, “um D. Sancho no Governo do País”.
Isto porque, quer para as comunidades judaicas, “essencialmente constituídas por comerciantes”, quer para a restante população, “as medidas apresentadas por este monarca, iam no sentido de ajudar os povos aqui existentes”.
Alunos e professores sublinham a importância destas iniciativas no que diz respeito à dinamização das actividades. Para além das aulas de português, de história, de geografia e outras, “onde estão a ser leccionadas matérias específicas e estão a ser promovidos trabalhos centrados nesta temática”, as palestras servem para dar conhecimentos precisos sobre uma determinada época “que serão reproduzidos durante a feira medieval”, explicam os docentes responsáveis.