A Secção
de Castelo Branco da Associação Nacional
de Professores, promoveu na passada semana, numa unidade
hoteleira da cidade, as XIV Jornadas Pedagógicas-VIII
Transfronteiriças subordinadas ao tema "Contextos
de Aprendizagem para uma sociedade do conhecimento",
que contou com a presença de cerca de 300 pessoas.
António Trigueiros, presidente da Secção
albicastrense, satisfeito pela elevada adesão a
estas jornadas, recorda que "as escolas não
podem ficar indiferentes às enormes transformações
que se estão a viver na sociedade. A educação
tem, imperiosamente, que se adaptar às necessidades
das sociedades que serve. Actualmente, o seu grande desafio
é o de se adaptar as grandes mutações
sociais, culturais e económicas criadas pela eclosão
das novas tecnologias".
Segundo António Trigueiros, "muitos professores
sentem-se inseguros perante as novas tecnologias porque
sentem que estão em desvantagem com os seus alunos.
E, na verdade, têm alguns motivos para isso. Os
alunos já nasceram imersos no mundo digital. Isso,
no entanto, não quer dizer que deva afastar-se
dessas poderosas ferramentas, mas sim vê-las como
uma oportunidade de melhorar a educação".
Na conclusão destas jornadas, realce ainda para
as opiniões segundo as quais "a escola de
hoje deve estar aberta à comunidade e a parcerias
diversas, inserindo diferentes profissionais. Importa
ainda promover as ciências. Matemática e
tecnologias desde o pré-escolar, a aprendizagem
de uma língua estrangeira deve começar no
1ºciclo e devem criar-se diferentes alternativas
para que os jovens terminem o 12º ano. Os professores,
além de não temerem a avaliação,
devem centrar a sua função no ensino, devendo
a sua formação inicial ser mais equilibrada
em termos científicos e pedagógicos".
Relativamente ao uso da Internet, "deve ser promovido
entre as crianças e jovens, mas é necessário ter em conta que
há riscos associados, caso de conteúdos desaconselhados, contacto com estranhos
que ocultam a sua verdadeira identidade, a possibilidade de comprar algo
inadvertidamente, entre outros".
Importa igualmente, "alertar as crianças para
os riscos da Internet, falando com elas, para que ganhem consciência desses riscos,
no sentido de serem mais autónomas. Será aconselhável
dizer às crianças para não darem
dados pessoais, que não se encontrem com desconhecidos,
que apresentam aos pais os seus amigos virtuais que conhecem
pessoalmente, que comuniquem situações que
lhes tenham desagradado ou em que se tenham sentido desconfortáveis".
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