Segundo os responsáveis da escola de Belgais, o montante da dívida está exagerado
Caso Ediraia
Associação Belgais
contesta montante da dívida

A Associação de Belgais contestou na passada semana, em comunicado, o montante da dívida reclamada por uma editora local, de 85 mil euros, que originaram o arresto de bens pelo Tribunal local.


NC / Urbi et Orbi


Em documento enviado aos meios de comunicação, a associação Belgais nega que tenha rompido unilateralmente o contrato com a editora Ediraia, como esta sustenta, e alega que "foi negociado entre as partes um pré-acordo de rescisão". Opinião diferente tem Hélder Conceição, advogado da Ediraia, sustentando que nunca existiu "qualquer acordo" para terminar o contrato, pelo que a empresa editora reclama créditos em dívida no valor de 60 mil euros, respeitantes a agendas culturais editadas. O acordo para a elaboração de agendas culturais foi celebrado em Fevereiro de 2004, mas foi rompido três meses depois, verificando-se um litígio entre as duas partes, que teve como novo episódio o arresto de bens, no valor de 85 mil euros (as facturas em dívida, juros e indemnização por incumprimento do contrato). No entanto, explica Hélder Conceição, este processo de arresto indicou "três pianos e algum material de escritório" que são propriedade pessoal da pianista Maria João Pires. Com o recurso interposto pela pianista em tribunal, o arresto foi suspenso, até que sejam indicados novos bens para servirem de garantia do pagamento do montante em dívida. Versão diferente tem a associação, considerando que para a execução do acordo de rescisão "faltava apenas a assinatura pela Ediraia com a entrega do primeiro montante". "Numa atitude sem precedentes e que agora a Associação de Belgais tem por de má fé", a editora "intentou com eivada falsidade uma providência cautelar pondo em causa o bom-nome da Associação e de Maria João Pires", refere o documento. "Salientamos que a Associação de Belgais sempre honrou e honrará as suas responsabilidades e que as actividades de Belgais continuarão a existir" e que Maria João Pires "continua a assumir a presidência" desta estrutura, "não fugindo em qualquer momento a qualquer das suas responsabilidades seja como pianista, seja como responsável artística", acrescenta o comunicado.