O movimento de cidadãos
contesta as tarifas de água praticadas pelo município
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Sessão
de Câmara
Águas agitadas
na Covilhã
Na última
sessão de câmara, de carácter público,
realizada na passada sexta-feira, 18, Carlos Pinto, presidente
da autarquia ouviu os protestos de uma comissão
relativamente aos tarifários de água. O
que para uns “é uma questão de justiça”,
para outros é “um roubo”.
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Por Eduardo
Alves
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Portugal está a
atravessar uma das graves secas dos últimos tempos
e a Covilhã não escapa ao flagelo da falta
de água. Contudo, na passada sexta-feira, 18, a reunião
de câmara aberta ao público foi o palco escolhido
por uma comissão de covilhanenses protestar contra
as elevadas tarifas de água praticadas no concelho
serrano.
A questão não é novidade e arrasta-se
há já vários meses. Segundo os consumidores,
“os preços praticados na Covilhã, são
dos mais caros do País”. Um tarifário
mensal que comporta vários escalões de pagamento,
mas que para além das tarifas da água inclui
também a taxa de resíduos sólidos e
de saneamento.
Carlos Pinto, autarca local refere que este preçário
“não vai mudar”, até porque, “devido
à falta de água que se regista em outras localidades
do Pais, a autarquia e os serviços municipalizados
investem vários milhares de euros em novos furos
e filtros para o tratamento dos referido produto”.
A comissão de protesto, por seu lado, lembrou o social-democrata
de uma promessa feita durante o Verão passado que
ia no sentido de “alargar os escalões de forma
a que as pessoas com mais baixos rendimentos não
pagassem tarifas muito altas”. Contudo, Pinto, no
final da reunião manifestou a indisponibilidade da
autarquia para mexer nos tarifários, referindo mesmo
“que é uma questão de justiça”,
num tempo de seca.
O vereador socialista na oposição refere o
facto “dos tarifários prejudicarem, em muito,
os orçamentos familiares”, Miguel Nascimento
lembra que a água “é um bem essencial”,
e que não deve ser motivo de exploração.
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No final da sessão, Carlos Pinto disse que
vão ser criados 600 empregos no concelho |
Na semana em que o Observatório da UBI tornou público
um relatório sobre o desemprego na Beira Interior,
onde a Covilhã aparece como uma das cidades mais
afectadas, Carlos Pinto avança com a criação
de 600 postos de trabalho.
Nas contas do autarca, com a ajuda da câmara, vão
ser criado, dentro em breve, “mais de meio milhar
de empregos”. Trezentos postos referem-se “a
áreas comerciais, 250 à empresa Frulact, que
está a ser instalada no Parque Industrial do Tortosendo
(PIT), onde também vai começar a laborar uma
empresa francesa que produz cobertura para piscinas”,
adianta o social-democrata. Esta última vai abrir
50 novos postos de trabalho.
Outra das medidas adiantas pelo edil covilhanense prende-se
com o arranque das obras para a terceira fase do PIT. Segundo
o adiantado por Pinto, “são mais 200 hectares
de terreno para implantação industrial”.
Os trabalhos devem arrancar em breve e vão situar-se
“acima da linha de caminhos-de-ferro”, conclui
o autarca. O mesmo que já convidou José Sócrates
a estar presente na inauguração do Parkurbis
em Junho próximo. |
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