Cerca de 400 metros
de antigos muros de pedra estão em grande perigo
de derrocada numa das artérias mais movimentadas
da cidade. Um primeiro estudo feito por peritos do Departamento
de Engenharia Civil da UBI, datado de 1999 e um relatório
feito há menos de um mês por técnicos
da Câmara Municipal da Covilhã apontam para
o mau estado da construção.
Tanto assim é que na passada reunião de
câmara, o executivo, na sua unanimidade, optou por
encerrar a rua aos peões. A medida vai ganhar forma
através de cartazes que avisam os transeuntes do
perigo de derrocada. Carlos Pinto exemplifica com as muralhas
do castelo “onde foram colocados cartazes de aviso
para que as pessoas não transitassem naquela via”.
Neste caso, as primeiras medidas passam por proibir o
estacionamento nas partes que oferecem maior perigo, bem
como, o alerta a todos os peões, “para circularem
do lado oposto ao muro e com muita atenção”.
Estas primeiras acções tomaram carácter
imediato, assim que a sessão terminou. Quanto a
futuras medidas, o executivo aprovou um pacote de trabalhos
a serem feitos para o local.
Demolição dos muros e construção
de estacionamento
A autarquia vai notificar os dois proprietários
do muro, “que apresenta vários pontos críticos”,
no sentido de estes participarem no processo de demolição.
Segundo os responsáveis camarários, as medidas
a serem tomadas para esta artéria, uma das mais
movimentadas da Covilhã, passam por fazer recuar
o terreno em quatro a cinco metros e construir um muro
de suporte.
Toda esta empreitada, que está já planeada
pelos técnicos camarários conta também
com a retirada de alguma terra dos terrenos em causa.
Com o espaço ganho, “vão ser construídos
estacionamentos ao longo da via”, refere Carlos
Pinto.
Quem também se mostrou a favor destas medidas foi
o vereador da oposição, Miguel Nascimento.
O socialista, ao tomar conta da situação
em que está o muro aprovou as medidas que foram
propostas pela câmara.
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