Este foi o primeiro de três filme a serem projectados na UBI
Ciclo de cinema João Canijo
Sapatos Pretos

Um casamento infeliz, um amor maléfico, sexo, excesso de violência, morte e traição são alguns dos ingredientes de “Sapatos Pretos”. Um filme de João Canijo que os amante da sétima arte tiveram oportunidade de ver na UBI.


Por Helena Mafra


Depois de “Filha da Mãe” foi a vez de “Sapatos Pretos”, mais um filme de João Canijo que teve lugar na Cinubiteca, no dia 9 de Março pelas 18horas. Uma iniciativa promovida pelo Núcleo de Estudantes de Cinema da UBI (Plano).
Um triângulo de amor e ódio envolve Ana Bustorff (Dalila), Vítor Norte (Marcolino) e João Reis (Pompeu). E tudo se transforma num descontrole de sentimentos que se misturam de uma forma bruta e violenta associados ao desejo sexual, a um casamento e a uma vida sem sentido.
Mais uma história onde a morte não podia deixar de ser pensada como solução.
“Sapatos Pretos” mostram os passos de Dalila, uma mulher cansada da vida, cansada de viver no Alentejo e que não suporta mais o seu casamento com o ourives Marcolino.
A sua relação com o marido não passa de constantes momentos de violência e maus-tratos que se reflectem numa relação sexual indesejada e forçada.
Perante esta relação conjugal, Dalila decide transformar-se numa mulher provocadora, muda a sua forma de vestir, a cor de cabelo, acaba por encontrar Pompeu e de imediato é invadida por um forte desejo sexual. Mas os seus passos não ficaram por aqui, o amor pelo amante passou a ser um amor doentio e maléfico, assombrado pela presença de Marcolino.
Dalila não vê outra solução, pede ao amante para matar o seu marido. Este demonstrando-se um amante fraco contrata um matador. Restava agora descobrir o assassino do marido, e ela não podia ficar com as culpas.
“Sapatos Pretos” foi mais um dos filmes apresentados no ciclo que o Plano dedicou a João Canijo, um dos mais importantes realizadores portugueses da actualidade.