O êxito deste evento levou
já os responáveis a pensar numa segunda
fase
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I Jornadas Internacionais
de Arte e Moda na UBI
Porque a moda não
vive sozinha
Na sessão
de abertura das I Jornadas Internacionais de Arte e Moda,
o Professor Rui Miguel dizia que os prognósticos
se fazem, somente, no fim do jogo. Atreveu-se a referir,
porém, que os três dias de conferências
seriam um caso de sucesso. E, na verdade, assim aconteceu.
Já no final, as opiniões de quem viu e ouviu
foram unânimes: tratou-se de um evento enriquecedor
e que urge repetir.
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Por Rosa Ramos
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Organizadas pelo Departamento
de Ciência e Tecnologia Têxteis, com a colaboração
do núcleo de estudantes de Design Têxtil e
do Vestuário (Ubifashion), as I Jornadas Internacionais
de Arte e Moda trouxeram à UBI, ao longo dos dias
8, 9 e 10 de Março, um leque de conferencistas de
luxo. Proveninentes de áreas de conhecimento muito
diferentes, oradores espanhóis, portugueses e belgas
explicaram, durante os três dias do evento, que a
moda está longe de ser um campo isolado. Muito pelo
contrário, é um saber interdisciplinar, onde
convergem várias áreas tecnológicas
e humanas.
Um olhar mais atento pelo programa confirmava isso mesmo:
existiam painéis diversificados, incidindo sobre
as relações da moda com áreas como
o Cinema, o Teatro, a Publicidade, a Museologia, a Psicologia,
e a Saúde, entre outras.
Rui Miguel, presidente do Departamento de Engenharia Têxtil
e um dos coordenadores do evento, apontou três factores
essenciais para o sucesso das conferências. Por um
lado, o apoio interno da Universidade, que definiu como
sendo “incansável”. Por outro, a qualidade
e diversidade dos oradores convidados. A “casa cheia”
ao longo dos três dias foi também um factor
chave.
Não há moda sem uma base cultural forte e
é no recolher de informações que se
alicerça o futuro. Nesse sentido, as jornadas permitiram
aos alunos de Design e de Engenharia Têxtil abrir
horizontes e despertar sensibilidades para os vários
campos que fazem fronteira com a moda e a arte.
António Delgado, professor do departamento de Comunicação
e Artes, que também participou na coordenação
do evento, explicou ao Urbi que as jornadas foram pensadas
no âmbito dessa “complementaridade com a formação
dos alunos.” Visivelmente satisfeito, reconheceu que
nos planos curriculares das licenciaturas nem sempre é
possível fornecer aos alunos todo o tipo de conteúdos
que seriam frutuosos em termos de formação.
Até porque hoje, “as carreiras são cada
vez mais abertas e requerem outro tipo de conhecimentos”,
acrescentou Rui Miguel. O presidente do Departamento de
Engenharia Têxtil manifestou, ainda a vontade de que
a UBI possa servir para “formar gente mais qualificada
no sentido de ajudar as empresas do sector a competir num
mercado que, como se sabe, é extremamente concorrencial”.
Numa altura em que cada vez mais se diz que vivemos numa
sociedade ditada pelas leis da moda (seremos escravos dela?),
as I Jornadas de Arte e Moda serviram para desmistificar
e explicar o que está para além dos bastidores
da criatividade e da produção daquilo que
vestimos. A moda, um mundo visual por excelência esteve,
deste modo, em grande destaque na Universidade. No final
do evento, António Delgado confessou que os objectivos
foram “inteiramente cumpridos”. Três dias
para reflectir sobre o vestuário, o fenómeno
da moda e a interdependência entre a arte e o consumo,
num evento a repetir. |
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