Desde máquinas
de soldar até próteses para o homem, os
robots estão presentes em diversas áreas.
A terceira conferência realizada ao abrigo do ciclo
“Despertar para a Ciência” trouxe à
UBI Isabel Ribeiro, docente no Instituto de Sistemas e
Robótica da Universidade Técnica de Lisboa.
Foi para um anfiteatro repleto de alunos e amantes desta
temática que a docente mostrou todos os seus conhecimentos
sobre a matéria em apreço. Como nota introdutória,
Isabel Ribeiro escolheu falar sobre o que actualmente
se entende por robot. Isto porque, segundo a docente,
“ainda não está muito bem definido
o significado da palavra”. O grande leque de utilizações,
de formas e de modos de construção leva
a que a palavra “robot” seja empregue em diferentes
contextos e para diferentes objectos. Contudo, “uma
coisa é certa”, estas máquinas, continua
a docente, “estão hoje no quotidiano, para
ajudar o homem nas suas diversas tarefas”.
O mundo dos robots tem “um grande número
de aficionados”, sobretudo “pelos inúmeros
campos científicos que abarca”, reitera Isabel
Ribeiro. Na terceira palestra realizada ao brigo do ciclo
de conferências “Despertar para a Ciência”,
juntou-se “a mecânica, a engenharia, a matemática,
a inteligência artificial, a biologia, a medicina
e muitas outras áreas de saber”, sublinha
a autora da palestra. Maria Isabel Ribeiro acabou por
promover uma verdadeira viagem ao mundo dos robots, que
teve início em questões abrangentes como
o funcionamento, a utilização e o futuro
destes aparelhos.
Mais centrada no tópico dos robots móveis,
a palestra que contou com o apoio da UBI, da Fundação
Calouste Gulbenkian e da Fundação para a
Ciência e a Tecnologia tentou mostrar “a grande
variedade de robots móveis surgidos nas últimas
décadas”, mas também, acrescenta a
autora do estudo, “referir que existem alguns componentes
fundamentais que estão presentes em todos os aparelhos”.
Actualmente, as utilizações
dos robots são inúmeras
|
Multiplicidade de utilizações
|
Actualmente os robots estão presentes em ambientes
terrestres, aéreos e submarinos. Estes braços
mecânicos da vontade humana espalham-se “quase
de forma exponencial” pelos diferentes campos de
acção do homem. O futuro reserva “muitas
surpresas na potencialidade de inovação
destes objectos”. Em relação ao que
hoje se conhece, Isabel Ribeiro falou sobre os animais
de estimação, “que podem ser já
trocados por um robot”, ou mesmo, “os guias
dos museus e outros locais”. A tecnologia permite
a estas máquinas reagir, caminhar, “e saber
posicionar-se, assim como, interagir com o homem”.
Daí que a autora desta palestra adivinhe um futuro
muito promissor para este tipo de invenção
científica.
Outro dos aspectos que também mereceu grande destaque
na “viagem ao mundo dos robots” foi a utilização
destes no próprio e pelo próprio homem.
Nestes dois campos, Isabel Ribeiro referiu-se às
próteses cirúrgicas, muitas delas, “verdadeiros
robots”, como é o caso de membros articulados
e sensoriais e também no que respeita a robots
de salvamento ou de intervenção em situações
de alto risco. Neste campo em concreto, a docente apresentou
um robot que está a ser desenvolvido pela Universidade
Técnica de Lisboa e pelo corpo de Bombeiros Sapadores
da capital com a finalidade de ajudar os “soldados
da paz” a detectar e resgatar vítimas em
situações de desabamentos, de incêndios
e outras catástrofes. Os testes feitos até
ao momento colocaram o aparelho num cenário de
casas em ruínas, “a intervenção
é muito mais rápida e eficaz, devido à
mobilidade, tecnologia e rapidez com que o robot opera”.
Isabel Ribeiro refere que o futuro reserva um vasto número
de utilizações para este tipo de aparelhos,
da mesma forma que apresenta também um grande leque
de formas de desenvolvimento dos robots.
|