O grupo de teatro da Universidade Carlos III de Madrid veio à Covilhã apresentar uma das suas produções
Teatro universitário espanhol
“Si yo fuera pianista”

Em seguimento do IX Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior, subiu ao palco do Teatro-Cine da Covilhã “Si yo fuera pianista” do grupo de teatro da Universidade Carlos III de Madrid.


Por Ana Salomé Castanheira


Na passada quinta-feira, dia 10 de Março esteve em cena na Covilhã “Si yo fuera pianista” do grupo de teatro da Universidade Carlos III de Madrid, Espanha. Sob a direcção de Domingo Ortega e supervisão dramaturgia de Juan Cláudio Burgos, a peça foi escrita em conjunto pelos 12 intérpretes. A primeira sessão, que começou pontualmente às 21 horas e 45minutos e esteve completamente esgotada, havendo uma segunda sessão, por volta das 23 horas.
A peça teve início na escadaria do Teatro-Cine, onde cada actor se dava a conhecer através de três objectos que reflectiam o seu passado, presente e futuro.
Passando ao palco, os espectadores deparam-se com um espaço absolutamente vazio de apetrechos, um mínimo jogo de luzes e uma grande expressividade teatral, que assegura, apesar da língua, uma plena comunicação com o público.
Tudo começa numa noite de embriaguês, em que o álcool se apodera dos corpos e parece ser a desculpa perfeita para que cada um deles extravase as suas ambições, os seus desejos, os seus medos e as suas angústias. Paralelamente parte-se à descoberta do “eu”, num caminho que se distancia da fantasia e mostra a realidade, que nem sempre vai ao encontro do esperado.
O que cada um deles sente é o que possivelmente cada um dos espectadores também já sentiu ou tende a sentir. Nesta fusão de sentimentos, o púbico, acaba também ele por se tornar elemento do palco, num contacto não só emotivo como também físico com os próprios actores. A história foi criada por jovens e é claramente direccionada a esta camada etária. O público aplaudiu, rio e chorou, deixando assim libertar todas as emoções sentidas.