Por Ana Almeida, Fábio Moreira e Filipa Minhós


Mais uma vez, a UBI foi lugar de visita para muitos alunos das escolas do País

Conferências, visitas ou experiências práticas foram algumas das atracções que a Universidade da Beira Interior mostrou aos seus visitantes ao abrir as suas portas à comunidade, naquela que foi a sétima edição dos Dias da UBI. Entre 1 e 3 de Março, o maior evento do Gabinete de Relações Públicas (GRP) da universidade teve como principal objectivo mostrar as potencialidades daquela instituição académica.
Durante três dias, milhares de alunos vindos um pouco de todo o lado visitaram as instalações e equipamentos da UBI. Segundo Graça Castelo Branco, directora do GRP, "foram inscritos cerca de 3500 participantes entre alunos e professores de diversas escolas". Apesar de as escolas serem o público-alvo da actividade, acrescenta Graça Castelo Branco que "aparecem sempre pessoas vindas da cidade ou da região que aproveitam estes dias para conhecer a universidade".
A participação no evento dependia apenas da inscrição das turmas, para facilitar o trabalho de organização. No acto de inscrição, as escolas seleccionaram antecipadamente o que viriam visitar e ver na universidade, com base no programa elaborado pelos diferentes departamentos.
À chegada à UBI, os visitantes foram recebidos por estudantes daquela academia, que se disponibilizaram para colaborar no evento, e trataram de guiar os possíveis futuros universitários, seguindo o programa previamente seleccionado por estes.
Desde a primária ao secundário, miúdos e graúdos marcaram presença. Para os mais novos, a incursão à UBI foi encarada como uma visita em que puderam conhecer um mundo novo, no meio de brincadeiras e diversão. Aida Fazendeiro, directora da Escola Primária do Refúgio, diz que "é uma maneira de despertar nos miúdos o interesse pela universidade, para que um dia eles venham a escolher esse caminho”.
Já para os mais velhos, que se aproximam do momento de escolher o seu futuro académico, esta visita pode ser importante na medida em que conhecem uma das alternativas. Para Teresa Sequeira, estudante do 11º ano da Escola Secundária de Figueira de Castelo Rodrigo, que deseja seguir Medicina, "esta é uma maneira de conhecer melhor a universidade. Gostei bastante das instalações e das experiências que aqui se fazem e não me importava de vir para cá".
Os Dias da UBI, ao longo das várias edições, têm produzido os seus frutos. De facto, este evento tem contribuído para atrair novos alunos para a academia. "Pela análise aos inquéritos que são feitos aos alunos quando ingressam nesta universidade, podemos comprovar que foi através destes dias que muitos alunos conheceram a UBI. E por terem gostado daquilo que viram, acabaram por entrar aqui" - refere Graça Castelo Branco.




Programa para todos os gostos

Os vários departamentos elaboraram os seus programas, oferecendo um misto de experiências, investigação laboratorial, conferências, visitas guiadas às instalações, bem como tudo aquilo que de melhor se faz na universidade.
O Departamento de Física apostou sobretudo em mostrar os seus equipamentos, onde principalmente alunos do secundário tiveram oportunidade de ver laboratórios como o de Física Atómica e Nuclear, Electrónica, Mecânica ou Optometria.
O Departamento de Química também mostrou os seus laboratórios, mas optou por dar mais destaque às conferências direccionadas a alunos com conhecimentos mínimos nas matérias desta área. "A água no planeta Terra" foi exemplo de uma dos assuntos abordados.
A história também marcou presença nestes dias. O Departamento de Informática expôs ao público uma série de equipamentos informáticos antigos, outrora utilizados na universidade, que já não estão em funcionamento e se destinam essencialmente a mostrar às pessoas a sua evolução ao longo dos tempos. “São tecnologias arcaicas de grande valor histórico e pedagógico, que se destinam a mostrar às pessoas o modo como estes aparelhos têm evoluído ao longo do tempo", afirma Pacheco Carvalho, professor e director do Centro de Informática.
Outros pontos de atracção foram os projectos UBICAR e as pontes de esparguete, ambos desenvolvidos pelo Departamento de Electromecânica. O UBICAR é um veículo de ultra-baixo consumo, cujo desempenho esteve em exibição no átrio do edifício das Engenharias. Este projecto já conta com vários prémios, tendo participado na Eco-Maratona Shell, em França. Do Departamento de Ciências Aeroespaciais destacou-se a visita às aeronaves Cessna T-37 e Fiat G-91, visíveis do exterior da universidade.
O que também entusiasmou bastante os estudantes foi a visita ao CREA (Centro de Recursos e Aprendizagem), onde puderam ver os estúdios de rádio e televisão, que se encontram em funcionamento.
Outra actividade que também foi possível presenciar neste evento foi a assistência a aulas, como aconteceu, por exemplo, no Pólo IV, onde o Departamento de Sociologia organizou mini-aulas e ateliers temáticos.
Estes foram apenas alguns dos atractivos, dentro de um universo de muitos outros conhecimentos, proporcionados pela VII edição dos dias da UBI.



Novidades em 2005

Desde o Centro de Informática até ao Museu de Laníficios, muito houve para ver na UBI

Ano após ano, o programa dos Dias da UBI tem vindo a evoluir. Esta edição ficou marcada pela introdução sistemática de pequenas conferências para os alunos visitantes. Diz-nos Graça Castelo Branco que «esta nova organização permite não só retirar os alunos do "lufa-lufa" de andar de um lado para o outro, de laboratório em laboratório, de sala para sala, como também possibilita que a transmissão do conhecimento seja feita com mais calma e reflexão».
Graça Castelo Branco refere ainda que de uma maneira geral “há sempre coisas novas para apresentar em cada departamento”.
Novidade também nestes Dias da UBI foi a extensão do Museu de Lanifícios, situado na Real Fábrica Veiga, que inclui um Núcleo Museológico e um Centro de Documentação / Arquivo Histórico, ambos ainda em fase de constituição. Apesar disso, o museu abriu as suas instalações, mostrando e explicando o que vai ser esta extensão. O espaço vai referir-se à indústria moderna, enquanto que o já existente na Real Fábrica de Panos aborda uma fase mais antiga e rudimentar da indústria dos lanifícios.