Segundo os responsáveis
pela estrutura, esta vai agora ser ampliada
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Belmonte
Pousada vai ser ampliada
A autarquia belmontense
já atribuiu o estatuto de interesse público
à expansão do empreendimento. A administração
espera poder assim dar resposta ao excesso de procura
que se verifica aos fins-de-semana.
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Ana R. Ribeiro
NC / Urbi et Orbi
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A administração
da pousada de Belmonte recebeu na última semana da
Câmara Municipal o processo no qual a autarquia considera
de interesse público a expansão deste complexo
turístico. Uma decisão aprovada pela edilidade
em Outubro. O documento permite agora aos investidores pedirem
à Comissão de Coordenação e
Desenvolvimento da Região Centro (CCDRC) que confirme
este estatuto, de modo a permitir a construção
numa zona de Reserva Ecológica Nacional (REN) e avançar
com as obras.
Segundo o administrador, António Rebelo de Andrade,
a ampliação da unidade contempla mais 32 quartos,
uma sala multiusos, court de ténis, um parque infantil
e passeios para peões. Um investimento que andará
entre um milhão, milhão e meio de euros, a
juntar aos 2 milhões e meio de euros aplicados no
empreendimento que já existe. Este responsável
espera que o que é ainda um protocolo de intenções
evolua quanto antes para a fase de execução.
E espera que as obras possam começar no início
do próximo ano, para terminarem um ano a ano e meio
depois. Mas acrescenta que algumas construções
poderão ser adiantados em relação a
estes prazos.
O Convento de Belmonte, integrado na rede Pousadas de Portugal
em regime de franchising, existe há quase cinco anos.
Trata-se do antigo convento, que foi recuperado. Tem 22
quartos todos decorados de forma diferente, que não
têm números mas sim nomes de frades, uma suite,
um duplo de luxo, um restaurante de quatro estrelas, piscina
e uma decoração que respeita os materiais
existentes na região. Uma aposta de qualidade direccionada
para um sector com poder de compra, que não se importa
de pagar uma média de 140 euros por noite num local
“onde se consegue ouvir o silêncio e se pode
descansar”, sublinha António Rebelo de Andrade.
Rentabilizar o espaço
“Não é uma unidade barata, mas também
não é isso que se procura. O que queremos
é que quando as pessoas saem se sintam satisfeitas
pelo dinheiro que gastaram”, frisa este responsável.
A taxa de ocupação do espaço situa-se
nos 47 por cento. No entanto, se durante a semana a lotação
nem sempre é a desejada, aos fins-de-semana existe
sempre excesso de procura. E é por isso que António
Rebelo de Andrade quer ampliar a unidade. “Acreditamos
que o aumento do número de quartos aos fins-de-semana
gere uma receita adicional bastante elevada, sem aumentar
muito os custos”.
A maior parte dos clientes vem sobretudo da zona de Lisboa
e uma grande parte chega através da central de reservas
das Pousadas de Portugal. Quanto ao nome Belmonte, o administrador
diz que também vende. Por ser a terra de Cabral,
por ser uma das maiores judiarias da Europa e também
por ser Aldeia Histórica. Se bem que é da
opinião que isso não é devidamente
explorado. E defende que, tendo em conta que as Aldeias
Históricas ficam quase todas na região, se
devia aproveitar isso e promovê-las de forma estruturada.
Rebelo de Andrade considera também que a própria
pousada, em alguns casos, pôs Belmonte no mapa. A
terra a que tinha ligações e onde sempre veio
com frequência, já que é descendente
do Conde de Caria, a quem pertenciam os terrenos onde se
situa o Convento da Senhora da Esperança, na serra
com o mesmo nome. Entende que este investimento contribui
também para o desenvolvimento do concelho e, nessa
linha, considera que se trata de um empreendimento que é
efectivamente de utilidade local. |
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